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PF prende policiais, empresários e CACs suspeitos de vender armas para facções

Ação resultou na prisão de 20 pessoas e no cumprimento de 30 mandados de busca em Bahia, Pernambuco e Alagoas

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (21) uma operação para cumprir 20 mandados de prisão e 33 de busca contra policiais militares da Bahia e Pernambuco, empresários e CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em vender armas e munições ilegais para facções. A operação, que contou com cerca de 300 policiais, foi realizada nos estados da Bahia, do Pernambuco e de Alagoas.

 

A Justiça decretou o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, que vão responder pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, podendo pegar uma pena de até 35 anos de prisão. Três lojas que comercializavam armas de forma irregular também tiveram os bens bloqueados.

Nos municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), o Exército realizou uma fiscalização em outras lojas que comercializam armas, munições e acessórios. A Polícia Federal informou que continuará a apuração “na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes”.

Ainda de acordo com a polícia, a ação dá continuidade a uma operação realizada na Bahia contra o tráfico de armas na região. “Havia denúncias e informações sobre uma facção criminosa que tinha se instalado em Juazeiro e que estaria recebendo armas e munições para cometer delitos graves na região”, comentou o delegado regional de Polícia Judiciária da PF na Bahia, Rodrigo Motta.

A ação envolveu o apoio das Polícias Militares e Civis de Pernambuco e Bahia, além da Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Exército.

Outras operações

No último dia 17, a Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão no Rio de Janeiro contra um policial militar, um policial civil e um advogado por tráfico de drogas e corrupção. Eles eram investigados por participar de um esquema de cobrança de propinas e desvio e comercialização de entorpecentes que funcionava dentro da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, descoberto em outubro do ano passado.

Em outubro de 2023, a “Operação Drake” da Polícia Federal prendeu quatro policiais civis e um advogado por tráfico de drogas e crime de corrupção. Na época, a ação, integrada com o serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, teve como alvo um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro. O veículo foi interceptado por duas viaturas durante um trabalho de monitoramento.

Os policiais, responsáveis por autuar e prender os envolvidos, teriam negociado, por meio de um advogado, a liberação da carga de entorpecentes e a soltura do motorista. Quando o pagamento foi efetuado, três viaturas da Polícia Civil do Rio de Janeiro escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.

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