Hoje, no Dia Nacional do Turismo, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta para o impacto da enchente ocorrida na região Sul, tanto nos Municípios afetados quanto nas demais regiões do país. A data é comemorada, anualmente, em 8 de maio, e a importância da atividade como motor de desenvolvimento econômico e social ganha destaque. O turismo envolve mais de 52 atividades, e é um dos vetores econômicos do Rio Grande do Sul, que está com 80% de seus Municípios afetados pelo desastre.
Dos dez melhores parques de diversão ou aquáticos da América Latina, quatro estão no Rio Grande do Sul e nove são brasileiros. Mais do que isso, a região concentra diversos atrativos e se destaca por explorá-los das mais diversas formas, como turismo cultural, de eventos, ecológico, gastronômico e rural. Festas, exposições e eventos ocorrem nos Municípios gaúchos ao longo de todo ano, no outono/inverno destaca-se a Festa da Uva, a Oktoberfest e o Festival de Cinema.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul foi a segunda região com maior crescimento da atividade turística em 2023 e foi o segundo Estado brasileiro que mais recebeu turistas internacionais, no ano passado, conforme dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). Foram 850.603 turistas estrangeiros (22,77% do total) e saldo positivo de empregos.
Recentemente, a CNM atuou para garantir a criação da Rota Turística do Caminho das Missões, que envolve 26 Municípios. Em março, a Confederação promoveu o 4º Seminário Nacional de Governança para o Turismo, Rio Grande (RS), para debater o papel do setor como um dos pilares de desenvolvimento, geração de renda e emprego. Para a área de Turismo da entidade, todo mercado turístico nacional sentirá o impacto do desastre, pois o Sul é um dos principais núcleos emissores de turistas do Brasil, inclusive para o Nordeste do país.
Além da perda de pessoas e dos desafios para reconstruir as cidades, os desabrigados e desalojados, casas, prédios públicos e estradas destruídos ou fechados, muitos gestores terão de lidar ainda com a perda do patrimônio cultural e o cancelamentos de atividades tradicionais.