O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou seus principais ministros para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto por conta de ameaças de votação de ‘pautas-bombas’ no Congresso Nacional nos próximos dias, que podem comprometer as contas públicas do governo.
Lula participou de uma cerimônia do Dia do Exército na parte da manhã, no QG do Exército, em Brasília, e deixou seus ministros de sobreaviso, pedindo que não se ausentassem da capital federal. Mais tarde, o sobreaviso se tornou uma convocação oficial para uma reunião de almoço.
Estavam presentes os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, além de líderes do governo no Congresso, como os senadores Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues e o deputado José Guimaraes. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, não pôde comparecer a esta primeira reunião porque cumpria agenda em São Paulo, mas voltará a Brasília para ficar a disposição de Lula ao fim das atividades.
Entre os motivos de preocupação do presidente estão a ameaça de votação de ‘pautas-bombas’ no Congresso, como a aprovação na CCJ do Quinquênio do Judiciário, uma espécie de benefício para juízes, promotores e advogados públicos que poderia ter um impacto de R$ 42 bilhões nas contas publicas. Outro temor de Lula está na crise entre Padilha e Arthur Lira, presidente da Câmara, que pode culminar na abertura de até cinco CPIs nos próximos dias.
