O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo (24) que os trabalhos de investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, serão encerrados “por ora” pela Polícia Federal.
Lewandowski deu entrevista a jornalistas depois da operação da PF que prendeu mais 3 suspeitos de envolvimento no caso. Foram presos:
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro;
Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), deputado federal;
Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
Os agentes da PF também cumprem outros 12 mandados de busca e apreensão na capital do Rio de Janeiro em endereços de outros nomes ligados à investigação. A operação, batizada de Murder Inc., foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o ministro da Justiça, é possível que novos fatos sejam apresentados futuramente, mas, até isso ser feito, a investigação que se prolonga há 6 anos está encerrada.
“A polícia em suas investigações identificou os mandantes e demais envolvidos nesta questão, é claro que podem surgir novos elementos, mas neste momento os trabalhos foram dados como encerrados”, declarou Lewandowski.
O crime ocorreu em 14 de março de 2018 e desde 2019 os executores do crime, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, estão presos. A partir da delação de Queiroz, foram identificados os intermediadores do crime. A delação de Lessa, homologada pelo STF em 19 de março, foi o ponto-chave para identificar os mandantes do crime.
Na mesma entrevista, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a corporação concluiu que os irmãos Brazão foram os mandantes do crime, mas não descartou que outras ações podem ser adotadas a partir das prisões.
Andrei disse que a motivação para o crime não é única e envolve todo o contexto de atuação de milícias, disputa por territórios e regularização de loteamentos no Rio de Janeiro.
“O que há são várias ações que envolvem a vereadora Marielle Franco, envolve milícias, disputa de territórios, regularização de loteamentos e que naquele contexto onde havia um cenário que culminou nesse bárbaro assassinato que projetou toda a situação caótica no Rio de Janeiro“, declarou o diretor-geral.
Da Redação