Mauro Cid foi preso há pouco pela Polícia Federal. Após prestar depoimento, o ex-ajudante de ordens foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. A prisão preventiva atende mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Cid foi à sala de audiências do STF, no início da tarde desta sexta-feira, explicar os áudios revelados pela matéria de capa da última edição de VEJA. A reportagem mostra que, em conversa com um amigo, o ex-ajudante de ordens levantou suspeitas sobre a Suprema Corte e a Polícia Federal.
A validade da delação do ex-ajudante de ordens, que compromete Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos casos de fraude em cartões de vacina, venda ilegal de jóias e planejamento de um golpe de Estado, está sob análise.
Nas gravações, Cid diz que os investigadores da PF fizeram com que o ex-ajudante de ordens “confirmasse a narrativa deles”, durante a oitiva, e também fez críticas ao ministro do Supremo responsável pelo mandado de prisão.
“Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, disse Cid, em um dos áudios.
Mais cedo, o Radar mostrou que o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Rodrigues, acionou o Supremo Tribunal Federal “para que as graves acusações sejam esclarecidas”.
Após prestar depoimento no STF, Mauro Cid foi preso nesta sexta-feira pela Polícia Federal. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi encaminhado ao Instituto Médico Legal no término da oitiva. O tenente-coronel tinha sido chamado a depor após falar em áudios revelados com exclusividade por VEJA que a Polícia Federal estava “com a narrativa pronta” nas investigações que miram o ex-presidente.