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Fim da reeleição para o Executivo avança no Senado com a apresentação de três propostas

De acordo com textos, vereadores, prefeitos, governadores e presidentes ficam impedidos de concorrer a segundo mandato

O senador Marcelo Castro (MDB-PI) apresentou nesta quinta-feira (29) três sugestões de PECs (proposta de emenda à Constituição) para acabar com a possibilidade de reeleição a cargos do Poder Executivo. A ideia é que só um dos textos seja de fato protocolado após debates internos que revelem qual deles é a preferência da maioria. Em todos, o entendimento é de que vereadores, prefeitos, governadores e presidentes possam se eleger apenas uma vez em mandatos que passariam a ser de cinco anos.

 

Segundo Castro, há convergência por parte dos parlamentares em alterar as regras para mandato único, com o mandato passando de quatro para cinco anos. O debate seria em relação à unificação ou não dos anos de eleição e as estratégias para se chegar a esse período em comum.

Atualmente, as eleições municipais ocorrem em anos diferentes das estaduais e federais, o que exige comparecimento às urnas de dois em dois anos. Os parlamentares estudam uma unificação, fazendo com que os eleitores votem de cinco em cinco anos para todos os cargos. Isso acarretaria a necessidade de mudar as regras no Legislativo. A proposta seria aumentar os mandatos de deputados de quatro para cinco anos e dos senadores de oito para 10 anos. 

Duas das três PECs trazem formas de unificar as eleições. Uma delas prevê que os próximos prefeitos e vereadores eleitos tenham um super mandato de seis anos para conseguir um alinhamento com os governadores e presidentes. A outra estabelece um mandato tampão de dois anos para os cargos municipais. Neste caso, os eleitos anteriores podem se recandidatar e estreantes eleitos podem concorrer novamente, possibilitando ocupar o cargo por sete anos. 

A PEC que não tem a coincidência das eleições prevê impossibilidade de reeleição para prefeitos e vereadores a partir de 2028 e para presidentes e governadores a partir de 2030.

“Vamos respeitar a expectativa de direito para os atuais prefeitos que vão disputar a reeleição e também para os governadores e presidente da República que se reelegerem em 2026. Portanto, nós não estamos tratando nem dos atuais, nem dos que serão eleitos nas próximas eleições gerais e municipais”, detalhou Castro.

Prioridade

O fim da reeleição é tema prioritário no Senado. O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) defende a medida como maneira de promover uma economia de gastos e de dar fim a “um estado de permanência eleitoral”.

Segundo Pacheco, o modelo trará uma economia no que se refere a gastos com fundo eleitoral. “Considero que o fundo eleitoral não está fazendo tão bem ao nosso país”, afirmou ao anunciar que dará prioridade ao tema. O senador alega que o Brasil não deve ter novas eleições praticamente ano a ano. “Em um país que acabou ficando polarizada a disputa eleitoral, em que um não é capaz de compreender as razões do outro, é importante que nós saiamos desse estado de permanência eleitoral.”

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