O Piauí lidera na região Nordeste, pelo 2º ano consecutivo, o resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Em 2023, foram 159 resgates, apresentando uma redução de 8,8% em relação ao ano anterior, quando 180 trabalhadores piauienses foram encontrados em condições analógas à escravidão. Em todo o Brasil foram resgatados 3.190 trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão, sendo 552 apenas na região Nordeste .
O estado ainda ocupa o quinto lugar no Brasil, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). Os outros estados que mais realizaram resgates foram Goiás (739), Minas Gerais (651), São Paulo (392) e Rio Grande do Sul (334). Os dados foram divulgados às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que ocorre neste domingo (28).
Os resgates dos trabalhadores que são submetidos a condições degradantes e jornadas exaustivas é realizado pelas equipes do Grupo Móvel de Fiscalização, composto pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e outras instituições, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal.
A fim de reforçar o combate ao trabalho análogo à escravidão no Piauí, o Governo do Estado também atua, por meio do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo do Piauí, ligado à Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), que está intensificando as ações para garantir o bem-estar destes trabalhadores.
Tanto que no próximo dia 30 de janeiro será lançado o Plano de Erradicação do Aliciamento e de Prevenção ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas no Piauí, que tem como meta trabalhar medidas preventivas, repressivas, de políticas públicas e ações interestaduais de combate ao trabalho escravo.
Segundo a coordenadora de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Superintendência de Igualdade Racial e dos Povos originários da Sasc, Ana Cristina Martins, a secretaria ainda realiza treinamentos de prevenção ao trabalho escravo nos municípios.
“A Sasc tem criado redes de atendimento às pessoas vítimas de trabalho análogo à escravidão, de modo que são realizados atendimentos diretos aos trabalhadores e suas famílias atingidos por esta grave violação, bem como é feito o direcionamento à programas sociais e de qualificação profissional”, destaca a coordenadora.
Com informações da CCom