O Governo do Estado do Piauí publicou um decreto com todas as diretrizes que o agricultor precisa atender para receber o Selo de qualidade Estadual para o produto artesanal. Com isso, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), trabalha com o objetivo de certificar produtos artesanais de origem vegetal como doces, vinagres, compotas, geleias, óleos, azeites, etc.
“A adesão ao registro é voluntária, mas uma vez obtendo o registro e posteriormente o Selo de Certificação Artesanal, o mesmo agrega valor econômico ao produto, uma vez que a certificação confere qualidade, identidade e garantia de sanidade do produto obtido no processamento, obedecendo as boas práticas de fabricação” esclareceu Ernando Cardoso, Gerente de Inspeção Vegetal da Adapi.
Um produto já tradicional e bastante produzido no Piauí, é a Cajuína, registrada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Brasileiro. Em todo o Piauí, mais de 3 mil estabelecimentos produzem cajuína, porém apenas 11 são certificadas pelo SISBI-POV (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal).
Adesão do SISBI-POV a Adapi
Para dar maior celeridade ao processo de informação e adesão do produtor ao SISBI-POV, a Gerência de Inspeção da Adapi tem buscado alinhamento junto ao Ministério da Agricultura (Mapa) para adesão e equivalência do serviço de inspeção vegetal do Ministério. Com isso, a Adapi com a alta capilaridade que tem de atuação em todo o Estado poderá atender um maior número de produtores em menos tempo.
“Com a adesão da ADAPI ao SISBI-POV os produtores de cajuína terão mais acesso para processos de registro de suas industrias e, em parceria com demais órgãos do estado e principalmente com a Piauí Fomento, viabilizar essa regulamentação das plantas fabris, gerando mais empregos, renda e produtos com valor agregado, que poderão ser comercializados em todo o Brasil”, disse João Rodrigues, Diretor Geral da ADAPI.
O SISBI-POV traz um padrão sanitário de exigência legislativa e dar condições ao produto de ser comercializado em todo o Brasil. O objetivo é que em concordância com o Ministério, a Adapi possa iniciar os trabalhos de inspeção e registro das indústrias primeiramente de Cajuína, ainda este ano. “Assim poderemos diminuir o desperdício de matéria prima e agregar valor a esse produto, o caju, muito subutilizado em nosso estado e com alto poder econômico” disse Isaias Marques, coordenador de Inspeção vegetal.
Fonte: Ascom