Três grandes ações e obras importantes marcaram 2023 e podem ser consideradas os principais destaques do primeiro ano de governo de Rafael Fonteles: a entrega da nova Maternidade Evangelina Rosa, a inauguração da primeira etapa do Porto Piauí e o lançamento de dois megaprojetos de hidrogênio verde.
“As realizações de 2023 em saúde, infraestrutura, captação de investimentos e em outras áreas mostram de forma muito clara que o governo está decidido a fazer grandes transformações em todo o estado. O objetivo de tudo isso é melhorar a vida do nosso povo e prover o piauiense com emprego, renda e bons serviços públicos”, disse o governador Rafael Fonteles.
Nova NMDER
Maior maternidade pública do Brasil, com 293 leitos, a nova Maternidade Evangelina Rosa foi inaugurada no dia 28 de julho, com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O novo centro, que substitui a antiga unidade, teve investimentos de R$ 175 milhões, sendo R$ 129 milhões recursos do Tesouro Estadual, e R$ 46 milhões do Orçamento Geral da União.
Especializada em casos de média e alta complexidade, a unidade de saúde tem 174 leitos de enfermaria; 30 de UTI Neonatal; 30 de UTI Neo Intermediária (UCINCO); 15 leitos UCINCA – Canguru; 20 leitos UTI Adulta; 6 leitos de Observação Pronto Atendimento e 12 leitos de quarto PPP (pré-parto, parto e puerpério).
A maternidade conta ainda com 6 salas de Centro Cirúrgico, 3 salas do Centro de Parto Normal (CPN) e oferece mais de 20 especialidades médicas para garantir a melhor assistência a gestantes e recém-nascidos de alto risco do Piauí.
Com apenas cinco meses de trabalho, o ambulatório da NMDER já realizou quase seis mil atendimentos.
Porto Piauí
Em 13 de dezembro de 2023, uma data que também entrou para a história do Piauí. Após décadas de espera, o Piauí passou a contar, pela primeira vez, com um porto marítimo. Com a chegada do navio da Marinha do Brasil ao mar de Luís Correia, o governador Rafael Fonteles inaugurou a primeira etapa do porto, tão aguardado pelos piauienses.
Esta é a obra com o maior volume de investimentos já realizada pelo Governo do Estado, com cerca de R$ 130 milhões investidos. “O Piauí era o único estado com litoral que não possuía um porto e isso, sem dúvidas, atrapalhava o nosso desenvolvimento. Agora, possuímos um que está apenas na primeira etapa. Teremos várias outras nos próximos meses e anos”, disse Fonteles. Ele defendeu ainda que, com o nascimento do porto, a economia do estado pode mais do que dobrar.
Os investimentos no porto apontam para a consolidação de uma nova realidade econômica e competitiva do Piauí, pois permitirá a exportação e importação de produtos por território piauiense, impulsionando os negócios locais e aumentando as riquezas e receitas do Estado. É pelo complexo portuário piauiense que o hidrogênio verde que será produzido no estado será enviado para a Europa. Também será pelo Porto Piauí que a imensa produção agrícola dos cerrados será exportada. Isso deve passar a acontecer a partir da implantação do intermodal do Vale do Parnaíba. Além disso, a nova infraestrutura será utilizada como saída para os produtos da Zona de Processamento de Exportação (ZPE Piauí), localizada em Parnaíba- zona econômica especial que tem vantagens tributárias, administrativas e cambiais.
Para o presidente da Investe Piauí, Victor Hugo, a infraestrutura entregue na primeira etapa vai atrair empresas para investirem na utilização do complexo. “Entregamos o porto com acesso para pequenas, médias e grandes embarcações. Temos também uma retroárea para as empresas que aqui irão investir e um parque de mercadoria com 18 mil metros quadrados. Teremos mais dois pátios a serem entregues a partir do primeiro semestre de 2024”, detalhou.
Hidrogênio verde
No dia 15 de novembro, na ZPE de Parnaíba, Rafael Fonteles, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, lançou a pedra fundamental dos dois maiores empreendimentos de produção de hidrogênio verde (h2v) do mundo. O investimento será de R$ 200 bilhões nos próximos 10 anos.
As usinas serão tocadas pelas empresas Green Energy Park (GEP), da Croácia, e Solatio, da Espanha, mas que atuam no Brasil desde 2009. Bart Biebuyck, da GEP, destacou que o parque de hidrogênio verde instalado no Piauí é o ponto de partida para colocar o Piauí como o líder mundial na produção de combustível verde.
O h2v produzido no Piauí deve abastecer o mercado europeu com energia limpa, além de gerar 20 mil empregos na região com uma produção energética de 20GW. As obras das usinas para a produção de amônia, que depois será beneficiada em hidrogênio, devem começar no final de 2024. A primeira etapa está prevista para ser concluída em 2027, seguindo as etapas seguintes até o ano de 2035.
“O HUB de hidrogênio do Piauí vai gerar um enorme impacto no PIB, na economia, gerando empregos e renda, que será sentido em todo o estado. A nossa vocação é a indústria verde. Não somente a produção da molécula de hidrogênio, mas também outros produtos verdes como fertilizantes e aço, sem utilizar combustíveis que emitem o CO2”, destacou o governador Rafael Fonteles.
O hidrogênio é uma fonte de energia e combustível proveniente da eletrólise da água, onde o hidrogênio é separado do oxigênio e posteriormente é transformado em células de combustíveis com várias aplicações na indústria e em automóveis. O hidrogênio verde se destaca por ser produzido a partir de fontes de energias limpas e renováveis, como eólica e solar. O Piauí é uma potência na geração de energia limpa, possuindo os maiores parques solares e eólicos da América Latina, o estado reúne as melhores condições para abrigar usinas de produção de hidrogênio verde.