Sônia de Fátima Moura, mãe da modelo Eliza Samudio, morta em 2010, compartilhou uma foto, feita com IA (inteligência artificial), da filha com o neto, Bruninho. O menino é fruto da relação entre Eliza e o goleiro Bruno Fernandes, mandante do crime.
“Hoje essa imagem poderia ser real, se não tivessem lhe tirado a vida. Hoje você poderia estar ao lado do seu filho Bruninho”, lamentou a mãe de Eliza.
Sônia conta que se emocionou ao ver a imagem, feita pelo artista Hidreley Diao. Para ela, foi um “presente e significou muito”.
Em entrevista ao R7, o artista conta que foi procurado pela mãe de Eliza para fazer a montagem. Ele usou IA e Photoshop.
“Ela disse que o neto sempre quis uma foto ao lado da mãe e [perguntou] se eu poderia criar. Ela me mandou algumas fotos de arquivo pessoal da Eliza e uma atual do Bruninho”, afirma Diao.
“Foi bem emocionante entregar. Ela se emocionou. Mandou um áudio chorando e falou que, quando conheceu o meu trabalho, não pensou duas vezes em me pedir.”
Por meio do seu trabalho, Diao ajuda famílias de pessoas desaparecidas e até a Polícia Civil.
Bruno e Eliza se conheceram em maio de 2009 em uma festa, na qual o goleiro contou ter tido relações extraconjugais com a modelo. Eliza engravidou e, em outubro do mesmo ano, foi até uma delegacia do Rio de Janeiro para registrar uma ocorrência de agressão de Bruno.
A modelo afirmou que o goleiro do Flamengo queria que ela tomasse abortivos.
Em fevereiro de 2010, o filho de Eliza, Bruninho — hoje com 13 anos —, nasceu. Em 10 de junho do mesmo ano, data em que a modelo foi vista pela última vez, Eliza foi levada, por amigos do goleiro, junto com o filho, de 10 meses, para o sítio do jogador, em Vespasiano (MG).
A investigação policial concluiu que lá a modelo foi espancada e asfixiada até a morte. Bruno ainda nega a participação na morte da ex-amante.
Em depoimento, o ex-goleiro disse que “não mandou, mas aceitou” que Eliza havia sido assassinada pelos amigos, apelidados de “Bola” e “Macarrão”.
Sangue e restos de pertences da modelo foram encontrados queimados no sítio do goleiro.
Bola e Macarrão, que confessaram parcialmente a morte da modelo, também foram condenados pelo crime. Até hoje, o corpo de Eliza Samudio nunca foi encontrado.