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quinta-feira, novembro 28, 2024
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Ministério da Saúde incorpora vacina da dengue no SUS

Vacinação deve começar em fevereiro de 2024, mas não será em larga escala. Inicialmente, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser imunizadas com a Qdenga.

O Ministério da Saúde decidiu incorporar nesta quinta-feira (21) a vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Segundo a ministra Nísia Trindade, a vacinação com o novo imunizante deve começar em fevereiro de 2024.

“Incorporamos a vacina da dengue ao #SUS. O Brasil será o primeiro país com sistema universal como o nosso a dar acesso público a ela”, escreveu a ministra no X, o antigo Twitter.

O registro da Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano.

O imunizante é o primeiro liberado no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.

  • De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos;
  • É aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações;
  • A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença;
  • Ela também poderá ser aplicada em quem já teve a doença.

Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a dengue, desde que esteja dentro da faixa etária estipulada pela agência reguladora para aplicação das doses.

Até este ano, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue. Essa vacina protege contra uma possível segunda infecção, que, no caso da dengue, pode se manifestar de forma mais agressiva e levar à morte.

Número de doses

Inicialmente, ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacinação naõ será em larga escala: o SUS só oferecerá 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.

Como o imunizante é aplicado em um esquema de duas doses, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser vacinadas.

Sem dar mais detalhes, a pasta disse que nesse primeiro momento a vacinação será focada em “público e regiões prioritárias”.

“Até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, explicou Trindade.

 
Durante o processo de aprovação, o Ministério da Saúde argumentou que o uso no SUS da vacina contra dengue aprovada pela Anvisa teria “impacto orçamentário muito elevado”, cerca de R$ 9 bilhões em cinco anos, considerando as faixas etárias de 4 e 55 anos propostas pela farmacêutica.
 
Por isso, durante as tratativas, o ministério pediu mais informações ao fabricante sobre o preço proposto por dose, além da capacidade de produção da vacinação. Em resposta a isso, a ministra da Saúde disse que está discutindo uma transferência de tecnologia com a empresa e que “é muito provável” que consiga um resultado positivo.
 
“Temos dois grandes laboratórios, o Butantan e a Fiocruz, com capacidade de produção para chegarmos à escala de que nosso país e população precisam”, acrescentou a ministra.
 
Vacina contra a dengue Qdenga foi aprovada pela Anvisa — Foto: Reprodução EPTV

Como mostrou o g1, o número de casos de dengue no Brasil passou de 1,6 milhão em 2023, um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Até dezembro de 2022, haviam sido registrados 1,3 milhão de casos. O número de mortes também subiu: de 999 para 1.053 óbitos.

Principais sintomas da dengue

  • Febre
  • Dor no corpo e articulações
  • Dor atrás dos olhos
  • Mal-estar
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Manchas vermelhas no corpo

Se identificar algum desses sintomas, a orientação é procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

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admin
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