O primeiro grande protesto contra o governo do novo presidente da Argentina, Javier Milei, registrou os primeiros confrontos entre manifestantes e policiais, nesta quarta-feira (20), em Buenos Aires. Os manifestantes são contrários ao pacote de medidas econômicas anunciado pela nova gestão em 12 de dezembro e ao protocolo antimanifestações criado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Movimentos sociais e partidos de esquerda da Argentina marcaram presença nas ruas, mesmo depois de o governo ter prometido retaliações e imposto restrições. Na última segunda-feira (18), o governo confirmou que os beneficiários de planos sociais que participassem de protestos que bloqueassem vias não receberão mais a ajuda estatal.
Segundo o jornal La Nación, há diversos grupos que participam da organização da manifestação. Alguns, como o Movimento Evita, são alinhados ao kirchnerismo (corrente política ligada à ex-presidente Cristina Kirchner); outros, como o Polo Trabalhador, liderado por Eduardo Belliboni, não.
De acordo com o jornal local Clarín, militantes do MST (Movimento Socialista dos Trabalhadores) entraram em confronto com a Polícia Municipal no início da caravana que cortava a Diagonal Norte. Houve corridas, tentativas de prisão e ataques à polícia. Os manifestantes marcham pela rua, totalmente bloqueada, em direção à Plaza de Mayo.
Pouco antes do início do protesto, o líder esquerdista Eduardo Belliboni atacou violentamente um jornalista do TN, a quem se referiu como “idiota”.
Devido à proibição de circular na rua, Belliboni viajou de metrô até a mobilização dos manifestantes, na Diagonal Sur. Havia forte presença policial quando ele tentou entrar na manifestação.