O agente da Polícia Federal Jorge Chastalo Filho relembrou, em entrevista ao Metrópoles, os 580 dias de Lula (PT) na prisão em decorrência da Lava Jato, em Curitiba. Ele era carcereiro das celas dos presos da operação.
O que ele disse
Chastalo disse que diziam que Lula não ficaria muito tempo preso. “Várias pessoas me falaram: ‘Para que 60 policiais aqui, se eles têm as missões deles e o Lula não vai ficar preso nem cinco dias? O STF vai soltar ele em cinco, seis dias'”.
Mesmo na prisão, Lula comentava que voltaria à Presidência da República. “Ele falou isso mais de uma vez. Eu pensava que tudo é possível, inclusive nada, porque a situação dele não era fácil. Era terrível. Era bastante complicado acreditar que ele pudesse chegar onde chegou”.
Lula sofreu muito com morte do neto. “O momento mais terrível para ele, e acredito que um dos momentos mais terríveis da vida dele, foi a perda do neto, Arthur. Isso causou um sofrimento absurdo, ele chorou, ficou muito mal durante uma semana, depois começou a se sentir mais. O tempo vai ajudando. Esse foi o pior momento”.
O agente também vê como “fundamental” os cuidados que Janja teve com Lula na prisão, como o envio de roupas e sopa a ele. “Acredito que tenha sido fundamental, ela cuidava muito dele preso.”