Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos provisórios por causa das manifestações do 8 de Janeiro, morreu vítima de mal súbito, durante um banho de sol na penitenciária da Papuda, em Brasília. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, Cunha faleceu nesta segunda-feira (20).
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAPE), ele estava no pátio quando passou mal, por volta de 10h. O Corpo de Bombeiros (CBMDF) foi acionado e duas viaturas entraram na unidade prisional às 10h18 para prestar socorro a Cunha. As equipes tentaram a reanimação cardiorrespiratória, mas sem sucesso. A morte de Cunha foi declarada às 10h58.
Cunha tinha 46 anos, era residente do DF e estava preso preventivamente desde o dia 8 de janeiro. A família foi notificada da morte e o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil afirma que houve perícia no local.
O R7 teve acesso a um parecer da Procuradoria-Geral da República, do dia 1º de setembro, em que foi recomendada a liberdade provisória do réu por ter adquirido comorbidades após contrair Covid-19.
Desde a prisão, Cunha vinha recebendo acompanhamento médico regularmente na penitenciária.
A defesa de Cunha afirma que ele teria se sentido mal durante toda a noite mas que não recebeu atendimento dos responsáveis. O advogado da família acusa os agentes de plantão de omissão e afirma que vai fazer um boletim de ocorrência.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF afirma que Cunha era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde localizada na própria unidade prisional desde a entrada na unidade em 9 de janeiro. “Hoje, esta mesma equipe de saúde realizou manobras de reanimação assim que constatado o mal súbito até a chegada da equipe do SAMU e Bombeiros que foram imediatamente acionados”, afirmou a secretaria.