O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, comandado por Silvio Almeida, custeou a ida a Brasília de Luciane Barbosa Farias, esposa de homem apontado como líder do Comando Vermelho no Amazonas.
A pasta disse que o custeio aconteceu para a participação do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, nos dias 6 e 7 de novembro. A nota afirma ainda que as passagens foram pagas com orçamento desses comitês, que têm autonomia administrativa e financeira.
Disse ainda que o pagamento foi feito a todos os participantes do evento nacional e que os integrantes foram indicados pelos comitês estaduais. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal O Globo.
“Nem o ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes”, disse a pasta, em nota.
A esposa do líder da facção também esteve no Ministério dos Direitos Humanos e se encontrou com a coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Érica Meireles.
A participação de Luciane no evento organizado pelo Ministério dos Direitos Humanos ocorreu por indicação do governo do Amazonas. Em nota, a administração estadual afirmou que a indicação foi feita pelo Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura.
Esse comitê é vinculado à Sejusc (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania), executora da política estadual de Direitos Humanos e composto por representantes de órgãos do Executivo, da Defensoria Pública, OAB e da sociedade civil.
Da Redação