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Cúpula da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços defende o parcelamento sem juros no cartão

Presidentes do grupo na Câmara e no Senado dizem que modalidade é importante para consumidores e lojistas

Os presidentes da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços na Câmara dos Deputados e no Senado se manifestaram nesta terça-feira (31) a favor da continuidade do parcelamento sem juros em compras feitas no cartão de crédito. O deputado Domingos Sávio (PL-MG) e o senador Efraim Filho (União-PB) afirmaram que vão trabalhar para evitar que essa forma de pagamento seja alterada.

 

“Imagina se, ao invés disso [pagar parcelado], você tem que ir ao banco pedir dinheiro emprestado? Aí o juro arrebenta. Nós vamos continuar lutando para defender o consumidor e o lojista, mantendo o parcelado sem juros. Sem juro nenhum. Você usa o cartão de crédito, parcela e não tem acréscimo nenhum na sua compra. É isso que nós estamos defendendo e vamos continuar defendendo”, afirmou Sávio.

O senador Efraim Filho (União Brasil-PB) acrescentou que “vai lutar ao máximo para poder preservar essa cultura”. “Temos uma visão que é pelo olhar do consumidor, de proteger o consumidor, deixar juro o menor possível, preservando uma cultura que é própria nossa, do brasileiro, do parcelado sem juros. É assim que muitas famílias se programam para fazer a aquisição de bens para sua residência, para comprar remédio na farmácia, para fazer reforma na sua casa. Diversas atividades do dia a dia do brasileiro são feitas na forma do parcelamento sem juros”, ressaltou.

A possibilidade de limitar essa forma de pagamento foi mencionada pela primeira vez pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência no Senado em agosto. Desde então, diversas entidades têm criticado a ideia, como a Associação Brasileira de Internet (Abranet). Segundo ela, “as compras parceladas são o motor do consumo no Brasil [50% do volume de cartões, atingindo R$ 1 trilhão ao ano, equivalente a 10% do PIB].

Além disso, a associação de consumidores Proteste enviou uma nota ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN) e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que criticava o fim do parcelamento sem juros.

“A entidade esclarece que o parcelamento sem juros no cartão de crédito substituiu, com mais segurança, o sistema de crediário. O parcelamento sem juros é uma modalidade que, na prática, veio substituir o tradicional crediário, no qual as operações de compras a prazo se davam diretamente no estabelecimento varejista escolhido pelo consumidor para as suas compras”, diz o texto.

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