A partir de esforços empreendidos pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), desde a inauguração do Complexo de Badminton, os atletas piauienses que fazem parte da seleção Brasileira de Badminton conquistaram três medalhas nos jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago no Chile. O evento acontece no período de 20 de outubro até 5 de novembro.
Na competição, na categoria dupla masculina, a dupla Fabrício Farias e Davi Silva, representando o Brasil, obteve a medalha de prata. Na categoria dupla feminina, composta por Sânia Lima e Juliana Viana, conquistaram a medalha de bronze. Já a dupla mista, composta por Sânia Lima e Davi Silva (RJ), ganharam a segunda medalha de bronze do torneio.
Neste ano de 2023, os atletas piauienses já representaram o Brasil em outras competições internacionais, como: Guatemala Internacional Challenger, Peru International Challenger, Lagos International Classics, Total Energy World Championship, o YONEX US Open, Canada Open, o XIII Santo Domingo Open, a Pan American Cup, o Iran International Challenger e o III Mexico International. Vale destacar que o Piauí já esteve no pódio em quase todos esses torneios.
A prática de badminton e o Complexo na UFPI
O badminton é um esporte que se destacou nos últimos anos no Brasil e, aqui no Piauí, ele ganhou mais relevância com a inauguração do Complexo de Badminton da UFPI, em 2022. A estrutura é conhecida como a maior das Américas.
Na UFPI, a sua concepção ocorreu por meio do Presidente da Confederação de Badminton da época, Francisco Ferraz, e do Coordenador de Cultura, Esporte e Lazer da UFPI, professor Sergio Galan, durante as Olimpíadas de 2016.
De acordo com o Coordenador de Cultura, Esporte e Lazer da UFPI, professor Sérgio Galan, a Universidade reconheceu o poder transformador do esporte, a promoção da cidadania e os benefícios institucionais que adviria desse projeto. “Assim, apoiou desde o início convicto a compreensão do esporte como um campo de estudo valioso, que enriquece não apenas os cursos de formação acadêmica, como Educação Física, Medicina e Nutrição, entre outros, mas também os valores fundamentais da extensão universitária que esse projeto proporciona à comunidade”, enfatizou.
O complexo oferece uma arena de treinamento com seis quadras em um espaço climatizado, com salas de musculação, laboratório de avaliação física e sala de fisioterapia. Além desses equipamentos esportivos, ainda disponibiliza alojamento, auditório e salas de reunião.
O projeto usa o que há de mais moderno em termos de treinamento e desempenho, sendo um verdadeiro laboratório de experiências para os alunos do curso de Educação Física, Nutrição e cursos de áreas afins da Instituição.
Atualmente, o complexo também sedia os treinamentos da seleção brasileira júnior para competições nacionais e internacionais em um total de 18 atletas. Todos esses participantes recebem apoio além dos treinamentos esportivos, aconselhamento psicológico e fisioterapeuta quando necessários. Os atletas treinam de 25 a 30 horas por semana e nas férias chegam a treinar 40 horas.
“A edificação do complexo da UFPI incentivou a prática de badminton na capital, uma vez que proporcionou aos atletas melhor proveito nos treinos com uma infraestrutura equipada e uma equipe de profissionais que oferece o suporte necessário para os atletas. Essa equipe é formada por um head coch, um preparador físico, um analista de desempenho, um fisioterapeuta, uma psicóloga, um gestor, dois professores pesquisadores e quatro monitores de educação física”, explicou o Coordenador de Cultura, Esporte e Lazer da UFPI, professor Sergio Galan.
O projeto constantemente recebe pedidos de estágio de diversos atletas do Brasil e do exterior, como foi o caso do Canadá, Colômbia, Paraguai, Cuba e outros. Além disso, o local conta com um grupo de estudo formado por professores e estudantes da UFPI que acompanham o desempenho, recebem e fornecem orientações esportivas com pesquisas e informações importantes para o esporte. “Esse modelo de gestão tem sido destaque e é considerado pelo Ministério do Esporte um modelo a ser seguido pelo resto do país”, frisou o professor Sergio Galan.