O Ceará tem o terceiro preço mais barato do litro de gasolina do Nordeste, segundo pesquisa divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) neste sábado (28). Segundo a ANP, o litro da gasolina no Ceará é vendido, em média, a R$ 5,59. O preço mais barato da região é no Maranhão com litro cobrado por R$ 5,40.
A pesquisa da ANP foi feita entre os dias 22 de outubro e 28 de outubro. Foram pesquisados 44 postos de combustíveis em todo estado.
Queda do preço médio pela nona semana seguida
O preço médio do litro da gasolina caiu pela 9ª semana seguida nos postos de combustíveis do país. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta sexta-feira (27). A pesquisa é referente à semana de 22 a 28 de outubro.
▶️ Gasolina: O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,69.
- O recuo foi de 0,87% frente aos R$ 5,74 da semana anterior, segundo os dados da ANP.
- O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,49.
Etanol: O preço médio do etanol, por sua vez, ficou em R$ 3,57.
- O valor representa uma queda 1,11% de frente aos R$ 3,61 da semana anterior.
- O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 6,60.
▶️ Diesel: Já o litro do diesel foi vendido, em média, a R$ 6,13.
- A alta foi de 1,49% frente aos R$ 6,04 da semana anterior.
- O valor mais caro encontrado pela agência foi de R$ 7,95.
Reajustes pela Petrobras
A Petrobras anunciou em 19 de outubro a redução do preço médio da gasolina e o aumento do diesel vendidos às distribuidoras. A mudança passou a valer no último sábado (21).
- A redução da gasolina foi de R$ 0,12 por litro, comercializada pela petroleira a R$ 2,81 o litro.
- O aumento do diesel foi de R$ 0,25 por litro, chegando a R$ 4,05 o litro.
Segundo a petroleira, seus preços de venda tanto da gasolina como do diesel acumulam queda neste ano. No caso da gasolina, a redução é de R$ 0,27 por litro e, do diesel, de R$ 0,44 por litro.
Mudança na política de preços
A petroleira anunciou em maio deste ano mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
A companhia explicou que seus preços para as distribuidoras estariam no intervalo entre:
- o maior valor que um comprador pode pagar antes de querer procurar outro fornecedor;
- e o menor valor que a Petrobras pode praticar na venda mantendo o lucro.
Vale lembrar que os valores praticados pela petroleira não são os mesmos dos postos de combustíveis. Os preços nas bombas também levam em conta os impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.
Guerra entre Hamas e Israel
Além das questões humanitárias, a guerra entre Hamas e Israel também tem mexido com o preço do petróleo.
O petróleo do tipo Brent, usado como referência no mercado, estava sendo negociado acima de US$ 91 nesta sexta, uma alta de mais de 7% em relação ao registrado antes do início da guerra no Oriente Médio.
Autoridades seguem de olho em uma possível escalada no conflito. O receio é que o envolvimento de países como o Irã — que é estratégico no escoamento da commodity — faça os preços dispararem.
Na última semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou sobre o assunto e descartou o risco de desabastecimento de combustíveis no Brasil por causa do aumento de preços.
“A Petrobras tem tido toda a responsabilidade na questão do suprimento de combustível no Brasil. Inclusive, essa responsabilidade é do Ministério de Minas e Energia, de manter qualidade de produto e garantia de suprimento”, declarou.
Segundo especialistas ouvidos pelo g1, se o conflito se estender por mais regiões e por mais tempo, reajustes na gasolina e diesel serão inevitáveis.