O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de quatro investigados no caso dos cartões de vacinação ligados a pessoas próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No início do mês, Moraes autorizou a saída da prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Cid havia sido preso nas investigações dos cartões de vacina. Ele obteve a liberdade após iniciar acordo de delação com as autoridades.
Nesta terça, Moraes mandou soltar:
- o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid
- o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros
- o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro
- o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha
Entenda a operação
A operação que prendeu os suspeitos por fraude nos cartões de vacina foi autoridaza em maio por Moraes, no âmbito do inquérito das milícias digitais. A polícia investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde.
Segundo as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas.
O objetivo do esquema era obter certificados de vacinação contra a Covid-19.
A PF identificou que as informações falsas foram colocadas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022.
Os Estados Unidos exigem comprovante de vacinação contra a Covid-19 para que estrangeiros entrem no país.
Confira detalhes do suposto esquema mais abaixo.
▶️ Certificados de vacinação: De acordo com o inquérito, foram forjados dados de vacinação de pelo menos sete pessoas. São elas:
- O ex-presidente Jair Bolsonaro;
- A filha de 12 anos de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- A mulher e as três filhas de Mauro Cid.