Os moradores do Condado de Chester, na Pensilvânia, Estados Unidos, estão com medo do brasileiro que fugiu de um presídio local no último dia 31. Enquanto uma força-tarefa atua para encontrar o criminoso, escolas da região e estabelecimentos importantes da cidade fecharam as portas nos últimos dias.
Danilo Cavalcante, de 34 anos, foi condenado à prisão perpétua por assassinar a ex-namorada e fugiu do presídio ao escalar paredes durante o banho de sol. Desde então, a polícia mobilizou centenas de agentes para capturá-lo, por enquanto sem resultados (leia mais abaixo).
“Nunca me senti com mais medo e mais seguro ao mesmo tempo. É uma sensação muito estranha”, disse Jennie Brown, cujo bairro fica a cerca de 2,4 quilômetros da prisão. “Muitos vizinhos tinham um policial em sua varanda com uma metralhadora enquanto dormiam.”
Segundo a moradora de Chester, as autoridades disseram que Cavalcante está cada vez mais desesperado. “Tenho certeza que ele está. Tenho certeza de que ele está com calor, cansado e emaciado”, afirmou.
Wendy Hughes, que mora a cerca de 3,2 quilômetros de Longwood Gardens, retomou suas caminhadas matinais, mas agora carrega spray de pimenta.
“É perturbador”, disse ela. “Não quero mais pensar nisso.”
‘Ele está em casa’
No caso de Ryan Drummond, que também mora na área, a situação foi mais tensa. Na sexta-feira (1°), a casa dele foi invadida, provavelmente por Cavalcante.
Buscas
A força tarefa que atua nas buscas pelo foragido inclui agentes das seguintes organizações:
- Swat (Unidade de Armas e Táticas Especiais);
- FBI (Departamento Federal de Investigação);
- PSP (Polícia do Estado da Pensilvânia).
Cavalcante foi condenado à prisão perpétua por matar a ex-namorada, Débora Evangelista Brandão, na cidade de Phoenixville, em abril de 2021. A vítima tinha 34 anos e foi morta a facadas.
De acordo com a imprensa dos EUA, o Ministério Público do Condado de Chester classificou Danilo como “extremamente perigoso”.
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Débora Evangelista Brandão morava nos EUA com os dois filhos quando foi morta. As crianças presenciaram o crime.
Segundo as investigações, Danilo não aceitava o fim do relacionamento e, desde 2020, ameaçava Débora. Além disso, a apuração revelou que Débora descobriu que Cavalcante era procurado pela polícia do Tocantins por ser o principal suspeito pelo assassinato de um homem em 2017.
“Ao saber que o réu tinha mandado de prisão em aberto por homicídio no Brasil, a vítima ameaçou expô-lo à polícia. Os detetives determinaram que esse foi o motivo do assassinato”, afirmou a promotoria responsável pela acusação em comunicado.
De acordo com as autoridades, em 2017, Cavalcante fugiu para Porto Rico e, mais tarde, seguiu para os Estados Unidos, onde entrou ilegalmente. Danilo foi preso duas horas após o assassinato de Débora, em abril do ano passado, e foi condenado pelo crime em 16 de agosto.