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Governador lança alfabetização trilíngue para venezuelanos indígenas

Rafael Fonteles afirmou que os alunos terão aulas em três línguas.

O governador Rafael Fonteles participou nesta quarta-feira (06), da aula inaugural do Projeto de Alfabetização EJA Intercultural Warao, que vai funcionar na unidade Escolar João Emílio Falcão, na zona sul de Teresina, e terá além da educação de jovens e adultos, o ensino médio e técnico. É a primeira iniciativa no Brasil de atendimento trilíngue aos imigrantes venezuelanos indígenas da etnia Warao. 82 venezuelanos de 15 a 70 anos, que vivem em Teresina, serão beneficiados.

 

Rafael destacou que a iniciativa da Secretaria de Educação (Seduc), em parceria o projeto Pacto pelas Crianças e a Secretaria de Assistência Social (Sasc), vai preservar a cultura e a língua dessas populações indígenas, pois a alfabetização dos Waraos será baseada no princípio da interculturalidade. O projeto trilíngue contempla os idiomas Português, Espanhol e Warao.

“Essa iniciativa vai preservar a cultura e a língua dessas populações indígenas e é uma demonstração de que nós estamos atuando para todos e todas sem deixar ninguém para trás”, afirmou o governador.

Nas salas de aulas, além dos professores brasileiros, os estudantes serão acompanhados por 12 educadores sociais Warao, contratados pela Seduc, que atuarão como tradutores e mediadores.

Rafael disse ainda que o projeto é um exemplo claro da atuação do poder público em prol de pessoas que normalmente são excluídas da sociedade. “Nós temos aqui esses imigrantes Warao, que vêm normalmente da Venezuela, mas também os indígenas Guajajara, da região próxima a Teresina, que estão sendo acolhidos com os mesmos direitos que todo cidadão tem que ter: direito à educação, direito à assistência social, direito à saúde pública”, destacou.

O secretário de Educação, Washintgon Bandeira, frisou que a ação é inédita no Brasil, reconhecida pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). “O projeto envolve o acolhimento em abrigos estaduais e a promoção da educação completa, alfabetização, educação de jovens e adultos e também educação técnica trilíngue, com assistência às crianças, aos filhos dos estudantes que vão estudar nessa escola”, comentou o secretário.

A secretária de Assistência Social, Regina Sousa, explicou que a ideia de criar o projeto nasceu quando ela era vice-governadora. “Quando se avolumou muito a vinda dos Waraos, a gente percebeu a quantidade de indígenas. E entre as principais demandas estava a educação, mas eles não queriam uma escola qualquer. Eles queriam uma escola com a identidade deles”, afirmou a secretária.

 

 

 

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