O presidente Lula deve assinar nesta terça-feira (29) a indicação da advogada Daniela Teixeira para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação foi revelada por Vera Magalhães, do jornal “O Globo”, e confirmada pelo blog.
O presidente ainda não definiu os nomes que indicará para as outras duas vagas na corte, que deverão ser de pessoas provenientes dos Tribunais de Justiça (TJ).
Como publicado pelo blog, Daniela Teixeira é considerada uma advogada progressista, mas o fato de ser mulher também pesou a seu favor, principalmente porque Lula ainda não definiu se escolherá uma mulher para a vaga de Rosa Weber, que sai em setembro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Duas ministras no STJ que se aposentam neste ano. Hoje, a Corte conta com seis mulheres entre as 33 cadeiras. Com a escolha de Teixeira, serão sete, número que inevitavelmente cairá com as duas aposentadorias – por enquanto, mais uma vez são os homens os favoritos para essas listas tríplices.
Indicados dos TJ
Um dos cotados para as vagas a serem ocupadas por pessoas advindas dos Tribunais de Justiça, Teodoro Silva Santos conta com o apoio do ministro Camilo Santana (Educação) e de governadores do Nordeste. Teve 17 votos, o mínimo para entrar, e não constava entre os favoritos para compor a lista dos desembargadores.
Como as últimas escolhas para o STF foram de homens de São Paulo e do Rio de Janeiro, a tendência de Lula seria escolher agora um nome de fora do Sudeste. Daí também a força de Santos. “A questão regional está pesando muito”, disse um integrante do governo.
Por esse raciocínio, sobra mais uma vaga, a ser disputada entre os candidatos de São Paulo, Rio e Minas. O paulista, Carlos Vieira Von Adamek, é próximo do ministro Dias Toffoli e foi secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Conta com o apoio também de advogados progressistas de São Paulo, incluindo integrantes do Grupo Prerrogativas, que se notabilizou diante das críticas ao judiciário na prisão do presidente Lula.
O candidato do Rio, Elton Martinez Carvalho Leme, tem o apoio de políticos fluminenses e também do corregedor-geral de Justiça, Luis Felipe Salomão. E, por fim, o mineiro José Afrânio Vilela, que tem o apoio de integrantes do PT de Minas, considerado hoje uma indicação forte, principalmente por ser do Estado do Sudeste que não emplacou ministro do STJ nas últimas indicações.