A atriz Léa Garcia morreu hoje, aos 90 anos, na cidade de Gramado, horas antes de ser homenageada com o troféu Oscarito no Festival de Gramado, pelo conjunto da obra ao lado de Laura Cardoso. A causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio foi confirmada por familiares.
“É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado, no Festival de Cinema de Gramado, da nossa amada Léa Garcia.
Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira, e uma das maiores expoentes da cultura afro-brasileira. A atriz estava em Gramado desde o fim de semana, acompanhada do filho, Marcelo Garcia, e assistiu a sessões dos filmes “Retratos Fantasmas” e “Tia Virginia”.
Léa ficou famosa no Brasil após interpretar Rosa em “Escrava Isaura” (1976). Antes, no entanto, ela já havia representado o país no cinema internacional: interpretou Serafina em “Orfeu Negro” (1959), filme de Marcel Camus.
Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”. Ela foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens até então destinados a atrizes negras.
“Quando eu estava começando no mundo das artes ela já brilhava nas telonas. Léa Garcia é uma inspiração. Doce, gentil, talentosa, uma estrela, uma pérola. Precisamos reverenciá-la todos os dias”, afirmou a atriz Zezé Motta, que também recebeu o Troféu Oscarito, em 2007.
Da Redação