Pedro registrou na polícia de Minas Gerais a agressão sofrida após a vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG. Na madrugada deste domingo, o jogador prestou depoimento sobre caso protagonizado pelo preparador físico Pablo Fernández. O argentino não foi preso.
A confusão ocorreu no vestiário do Independência, estádio onde o time carioca venceu o Atlético-MG por 2 a 1 pelo Brasileirão, na noite de sábado. Após um desentendimento no aquecimento, o argentino, membro da comissão técnica de Jorge Sampaoli, deu um soco no rosto do atleta.
Inicialmente, por volta das 1h10, Pedro se dirigiu ao Batalhão da Rotam (Rondas Táticas Metropolitanas da Polícia Militar) em uma van com seguranças do Flamengo. Foi possível observar que ele estava acompanhado ainda por Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, e um advogado. Pablo Fernández – em um outro veículo – também foi ao local dar a sua versão do caso. A Rotam é quem faz a segurança no estádio e, por isso, assumiu o registro da ocorrência.
Posteriormente, pouco depois das 2h, os envolvidos foram à Central de Flagrantes da Polícia Civil, em outro local, para complementar o registro. Pedro e Pablo foram ouvidos por um delegado, que ainda colheu o depoimento de quatro testemunhas: o zagueiro Pablo, o atacante Everton Cebolinha, o volante Thiago Maia e o coordenador Gabriel Andreata. Braz não esteve neste momento. O diretor executivo Bruno Spindel, sim.
– Após o jogo, o atleta Pedro sofreu um golpe na face após uma breve discussão com o preparador físico. Ele questionou Pedro por não ter aquecido no segundo tempo. Pedro não gostou de ter sido interpelado, disse que não queria fazer o aquecimento e recebeu tapinhas no rosto do preparador. Pedro não gostou e tirou as mãos. Então, o preparador deu um passo para trás e desferiu um soco na face do jogador. Fizemos as oitivas, procedemos o Termo Circunstanciado e vamos encaminhá-lo ao Ministério Público. O jogador, portanto, representou o caso – explicou o delegado Marcos Pimenta, para completar:
– Todas as testemunhas afirmaram que Pedro levou um soco na boca após a discussão. A princípio, foi um caso leve. Não há mandado de prisão contra Pablo Fernández. A pena, neste tipo de delito, é de multa. Não há necessidade de prisão. Por isso, o preparador foi liberado e não houve prisão em flagrante.
A delegação do Flamengo ficou no Independência aguardando o desdobramento do caso. Como o registro demorou, o grupo voltaria ao Rio em voo fretado às 3h. Sem Pedro, Pablo Fernández, as testemunhas e alguns seguranças.
Pedro concluiu o registro da ocorrência às 3h30. Ele deixou o local ao lado do advogado e de Bruno Spindel para se dirigir ao Instituto Medico Legal, onde faria exame de corpo de delito. Ele sofreu um corte na boca.
Da Redação