O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso disse nesta quinta-feira (13) que “jamais” pretendeu ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática” ao ter falado que o Brasil teria derrotado o bolsonarismo.
Essa é a 2ª nota publicada pelo ministro da Corte para explicar a declaração dada em discurso durante o 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), realizado em Brasília (DF) na noite de quarta-feira (12). Mais cedo, afirmou que a fala foi relacionada “ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”.
“Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão ‘Derrotamos o Bolsonarismo’, quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria”, disse em nova explicação.
O ministro do STF afirmou ainda que tem “o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”. Segundo ele, a visão de mundo conservadora e democrática é “legítima”.
Entenda o caso
Em discurso no 59º Congresso da UNE, Barroso disse que o Brasil derrotou o bolsonarismo e fez críticas à ditadura. “Só ditadura fecha Congresso, só ditadura cassa mandatos, só ditadura cria censura, só ditadura tem presos políticos”, declarou. “Nós percorremos um longo caminho para que as pessoas pudessem se manifestar de qualquer maneira que quisessem”, disse.
Na ocasião, Barroso estava sendo alvo de um protesto. Ele foi vaiado por estudantes que se manifestavam contra seu posicionamento no julgamento sobre o piso da enfermagem.
Com informações do poder360.com.br
