Conheço Yoman desde que ele era um dentre as dezenas de meus alunos adolescentes em um colégio na cidade de Pedro II, Piauí, lá pelos idos da segunda metade dos anos 1990. Àquela época chamava Ioman Uchôa Malaquias. Um pouco recluso, ensimesmado, Yoman, contudo, mostrava-se um garoto com muita facilidade de formular questionamentos, assim como de defender seus próprios argumentos. Tinha facilidade com as palavras, como se diz.
Hoje, ele costuma dizer que sua vida mudou ao descobrir Edgar Allan Poe (1809 -1849), poeta e prosador norte americano, de quem se diz um fã ardoroso. A essa devoção, ele soma outra a partir de 2011: J.R.R. Tolkien (1892-1973), autor, professor, filósofo britânico mundialmente conhecido pela trilogia ‘O Senhor dos Anéis’.
Pessoalmente Yoman é uma pessoa afável, receptiva, amigável. O nickname ‘Ceifeiro’ ele o colheu muito provavelmente nas noitadas gélidas, quando costumava sair com um grupo de amigos devidamente paramentados com suas jaquetas e calças de couro preto, seus coturnos, seus piercings, suas tatuagens e ouvindo suas bandas de heavy metal vomitarem pelos pobres headfones conectados a seus aparelhos celulares uma música característica. Muito vinho, muita lua, muito cigarro, muita vida pra ser gasta. Mas também muita poesia, que ninguém é de ferro (embora ame metal).
Pois bem, no dia 8 de julho, próximo sábado, a partir das 19 horas, no espaço Taverna, na mesma cidade de Pedro II, Yoman Ceifeiro lançará seu primeiro livro, o romance ‘A Mortalha Carmesim’ (188 páginas, ISBN 978-85-9594-158-8), pela editora carioca Pendragon.
Lê-se na contracapa do livro (a capa é muito bonita) que se trata de uma história de suspense ambientada na “pequena cidade de Pedro II, Piauí, conhecida com a terra da Opala [que] sofre uma onda de suicídios. […] a série de suicídio cresce e assombra a população, até que…”.
A literatura é uma arte caprichosa. Talvez por ser a única dentre todas as artes que faz uso de algo que está dentro do cérebro humano, que só pode ser posto ali por outro ser humano. Isso vem acontecendo nos últimos dois milhões de anos no Planeta Terra com a espécie Homo Sapiens. Eu estou falando da coisa ‘palavra’.
O narrador de A Mortalha Carmesim sabe manejar bem as palavras de forma a prender os leitores. Yoman Ceifeiro possui outros textos descansando na gaveta. Mas isso já é uma outra história.
A APLA, Academia Pedrossegundense de Letras e Artes, cujo atual presidente é o professor e escritor Pedro Barros, se fará presente ao evento assim como outros membros dessa entidade, familiares, amigos, conhecidos e leitores de Yoman.
A hora agora, caríssimos leitores, é de irmos ao encontro de “A Mortalha Carmesim” e aceitamos participar do jogo que está sendo proposto ali, da primeira à última página. Quem mora em outras cidades pode entrar em contato com o autor pelo seu instagram: autor_yoman_ceifeiro
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ERNÂNI GETIRANA (@ernanigetirana) é professor, escritor e poeta. Membro das academias APLA e ALVAL. É autor, dentre outros livros, de “Debaixo da Figueira de Pedro II”. Escreve para esta coluna às quintas-feiras.