Uma discussão entre um deputado bolsonarista e outro petista nesta quarta-feira (5) quase terminou em uma agressão no plenário da Câmara dos Deputados.
Durante a sessão destinada a discursos parlamentares, o bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) criticou a reforma tributária, que disse ser do governo Lula, e chamou o petista de “ladrão”.
“Vou falar aqui da reforma tributária, que, na verdade, deveria ser a reforma de aumento de imposto. Já declaro meu voto contrário. Essa é a reforma do dito pai dos pobres, que não é pai dos pobres, é o pai da mentira, é o maior charlatão que existe no nosso País. Mentiroso, ex-presidiário, ladrão! Vou votar contra!”, afirmou.
“Faz o ‘L’ aí para comer picanha e cerveja. Vai tomar um aumento em todos os impostos para deixar de ser otário”, disse.
Na sequência, o petista Paulo Guedes (PT-MG) rebateu a fala de Gilvan, que classificou como mentirosa. Ele também chamou o parlamentar de covarde.
“Eu quero aqui repudiar a fala do Deputado Gilvan, uma fala mentirosa, uma fala de ódio, uma fala de quem quer expressar e mentir para o povo brasileiro, expressão da vergonha e da mentira”, afirmou.
Depois de finalizar a réplica, as imagens mostram o bolsonarista exaltado em frente a Paulo Guedes, a poucos passos de distância do colega, cobrando explicações.
O episódio provocou tumulto no plenário. Seguranças e parlamentares precisaram separar os deputados. Gilberto Nascimento (PSC-SP), primeiro suplente da Mesa Diretora e que presidia a sessão, pediu calma.
“Eu gostaria de pedir, senhores deputados, deputado Paulo Guedes e deputado Gilvan da Federal, que mantenhamos a calma neste plenário, por favor. Vamos manter a calma neste plenário. A discussão democrática é natural nesta Casa. Vamos, por favor, aguardar”, afirmou Nascimento.
No momento da discussão, o plenário recebia a visita de estudantes de uma escola americana.
“Eles vieram conhecer o Congresso Nacional, acompanhados dos professores. É uma honra para nós termos aqui jovens estudantes, que realmente querem saber como funciona a boa política”, afirmou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que acompanhava os estudantes.