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Exposição “Coisas de Pescador” apresenta objetos arqueológicos à comunidade do Poty Velho

Na manhã desta quinta-feira (29), O Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí promoveu a exposição “Coisas de Pescador” no bairro Poty Velho, em Teresina. O evento também é uma parceria com o curso de Arqueologia da UFPI e o Museu da Resistência Boa Esperança. A exposição ocorreu juntamente aos festejos dos pescadores no horário das 8h às 16h.

 

Artefatos arqueológicos em exposição

Na ocasião, a comunidade acadêmica apresentou objetos e fósseis do Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI, que um dia fizeram parte da vida das pessoas que construíram história naquele bairro. O participante Herik Bittencourt, estudante de biologia, disse que a cidade é repleta de material para estudo. “Teresina tem muito material paleontológico, principalmente às margens do Rio Poti. Nós encontramos bastante material botânico, como troncos, fósseis e espécies que viveram durante o paleozóico, cerca de 240 milhões de anos atrás”, revelou.

Professor Willian Matsumura, coordenador da área de paleontologia do Museu da UFPI

O professor Willian Matsumura, coordenador da área de paleontologia do Museu da UFPI, frisa a importância de expor parte dos objetos à comunidade. “Nós trouxemos algumas amostras de fósseis verdadeiros, e também réplicas de fósseis que ocorrem no Piauí e no Ceará. A ideia é que as pessoas possam tocar o material, pois às vezes temos essa ideia de que é preciso que os objetos sejam intocáveis para serem preservados, mas é necessário também despertar essas outras formas de aprender, para ter uma apresentação mais inclusiva”, disse.

Vice-diretor do Museu de Arqueologia da UFPI, Vinicius Melquiades

O vice-diretor do Museu, Vinicius Melquiades, esteve presente e ressaltou a troca de experiências entre alunos e a comunidade. “A UFPI estabeleceu uma relação mais próxima com a comunidade e isso é essencial. Se nós pensarmos em um diálogo com os ensinamentos acadêmico-científicos e populares, é extremamente produtivo para ambos. A ideia é tentar romper barreiras para estabelecer um diálogo produtivo para todo mundo”, relatou.

Vera Lúcia, visitante do “Coisas de Pescador”

A visitante Vera Lúcia é moradora do bairro desde a década de 70 e conta que é a sua primeira vez em uma exposição de fósseis. “O mais bonito são as peças, porque isso mostra uma memória, uma coisa bonita de se ver. É muito importante conhecer essa parte do museu porque é diferente para os pescadores, a UFPI estar aqui nesse momento eles se sentirão orgulhosos e valorizados”, falou.

Exposição fotográfica

Ao longo do dia, aconteceu a exibição de fotos, vídeos e materiais arqueológicos, como canoas, redes de pesca e outros elementos da cultura material vinculada a relação que as pessoas estabelecem com o rio. Todo o projeto tem participação dos alunos do curso de Arqueologia da UFPI, começando desde o processo de curadoria até a etapa da montagem e apresentação da exposição.

Estudantes e professores do programa de extensão

A exposição está ligada diretamente ao programa de extensão para elaboração do Plano Museológico Participativo do Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (PLAMPA-MAP/UFPI). O programa de extensão tem como objetivos fazer um levantamento sobre os indicadores da memória, dos patrimônios culturais e das referências culturais de Teresina e do Piauí, mas enfatizando a princípio Teresina para que essas referências culturais sejam inseridas no museu.

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