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Hackers que invadiam sites governamentais são presos pela Polícia Civil do DF

Suspeitos integram o grupo The Cyber Mafia, responsável por diversos ataques cibernéticos ocorridos nos últimos meses

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu dois homens nesta terça-feira (27) na Operação Inceptum, que investiga um grupo de hackers que realizava ataques a plataformas governamentais. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Taguatinga (DF) e Fortaleza, no Ceará. A ação teve o apoio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos.

 

Os suspeitos integram o grupo The Cyber Mafia, responsável por diversos ataques cibernéticos ocorridos nos últimos meses. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos teriam invadido sites públicos e causado a interrupção dos serviços. Em Brasília, o último ataque identificado ocorreu em outubro de 2022, contra a rede do governo do DF.

Durante a investigação, foram encontrados na casa de um dos suspeitos, em Taguatinga, documentos falsificados, como certidão de óbito e carteiras de vacinação. Já no Ceará, onde morava o segundo suspeito, os policiais encontraram centenas de credenciais que davam acesso a sites e bancos de dados vinculados à segurança pública de diversos estados.

Segundo a Polícia Civil, com as credenciais de acesso, os investigados conseguiam entrar em bancos de dados das redes policiais para obter informações confidenciais de autoridades públicas e cidadãos comuns. Os dados pessoais eram comercializados, usados na elaboração de dossiês contra autoridades e até mesmo por estelionatários para a prática de golpes pela internet.

Operação Payback

Esta foi a terceira fase da Operação Payback, realizada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do DF, em parceria com a Polícia Civil do Ceará. A operação investiga o furto de valores pertencentes a instituições financeiras. Os crimes ocorreram entre 27 e 28 de março de 2022, a partir de um erro verificado em um aplicativo de banco.

Os suspeitos invadiam o sistema das instituições, cancelavam valores enviados e estornavam transações que não existiam anteriormente. Após ser creditado, o dinheiro era transferido para outras contas. “O valor total da fraude chega a R$ 3 milhões apenas no Distrito Federal”, explica o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani.

As duas primeiras fases da operação foram realizadas em maio e junho de 2022. Foram cumpridos 26 mandados de prisão temporária e 34 de busca e apreensão. Os suspeitos detidos respondem pelo crime de furto, mediante fraude eletrônica. Se condenados, sua pena pode chegar a oito anos de prisão.

 

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