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Criado consórcio que beneficiará 214 mil piauienses com o tratamento do lixo na região de Pipiripi

O projeto além de proteger o meio ambiente, deve gerar 180 empregos diretos e indiretos.

Foi assinado na manhã desta sexta-feira(2), no Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, (IAEPI) o Termo de Colaboração que estrutura o primeiro Consórcio Intermunicipal para Composição e Tratamento Integral do Lixo, abrangendo a microrregião dos Cocais e dos Carnaubais. No projeto, a instalação de usinas biomecânicas, capazes de reciclar 100% dos resíduos sólidos, beneficiando 15 municípios e uma população de 214 mil habitantes da região de Piripiri.

 

O Termo foi assinado pelo diretor-geral do IAEPI, Magno Pires, em conjunto com o presidente do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia CO2 Zero (INCT), Marcos Andrey Vasconcelos. O documento abrange a gestão estadual do saneamento básico e dos resíduos sólidos urbanos, prevista na Lei 14.026/20 que trata do Novo Marco Legal do Saneamento, visa a eliminação dos lixões e aterros sanitários irregulares e fortalecer as políticas públicas previstas para a área. O Consórcio Intermunicipal para Composição e Tratamento Integral do Lixo tem como presidente eleita, a prefeita de Piripiri, Jôve Oliveira.

Para isso, o Termo prevê o estudo diagnóstico dos lixões, a elaboração de plano de recuperação de áreas degradadas. O diretor-geral do IAEPI, Magno Pires, revelou que serão processadas na usina 170 toneladas de lixo por dia. “Esse lixo será encaminhado para a usina e a usina vai processar esse volume de lixo retirado das ruas desses municípios, gerando biogás, energia elétrica, biofertilizantes destinados para a área da agricultura. Além de empregar 180 pessoas direta e indiretamente”, comemora o gestor.

Com o funcionamento da usina biomecânica será gerado material termoplástico, como telhas, tijolos e tubulações para a rede de esgoto que serão utilizados pelos municípios para incrementar a infraestrutura dentro das cidades. A Archea, empresa responsável pela instalação das usinas, tem 158 usinas em vários países. No Brasil contam com 8 unidades, a usina de Piripiri será a nona no país e a primeira no Nordeste.

O presidente do INCT, Marcos Andrey Vasconcelos, acredita que a partir da formação do consórcio, os municípios terão a resolução do problema em definitivo, “por que não vai tratar somente dos resíduos, mas também vai resolver o problema do passivo, aquilo que estiver a céu aberto ou que está enterrado, nós vamos minerar, tirar toda a matéria prima que estiver lá”.

Outro ponto positivo apontado por Marcos Andrey é a valorização dos catadores de lixo que terão um ambiente de trabalho em um processo de salubridade maior com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a organização em cooperativas e salários dignos por que fazem um trabalho de alta relevância para o Estado.

A tecnologia de fusão usada nas usinas, não gera chorume nem poluição atmosférica, é um processo moderno, chamado hoje de indústria limpa devido à ausência de decomposição do lixo, o que causa mau cheiro, atraindo animais e insetos.

O Governo do Estado investirá, através do IAEPI, R$ 550 mil reais no projeto, abrangendo os 224 municípios com a implantação das usinas. Hoje o estado está dividido em 17 polos. Depois de aprovado pela Procuradoria Geral do Estado, o polo da microrregião dos Cocais e dos Carnaubais é o primeiro a ser contemplado. A execução do projeto está prevista para ser iniciada a partir da próxima semana.

 

 

 

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