O Ministério Público da Espanha rejeitou o novo pedido de liberdade do ex-jogador Daniel Alves, pedido por sua defesa na semana passada. Segundo a imprensa espanhola, a promotoria teria considerado que ele poderia fugir para o exterior para evitar seu julgamento por estupro. O brasileiro está preso desde o dia 20 de janeiro após ter sido acusado de estuprar uma jovem de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona.
De acordo com fontes do Ministério Público, a procuradora do caso apresentou um relatório ao Juizado de Instrução 15 de Barcelona no qual sustenta que as circunstâncias não mudaram em relação ao último dia 20 de janeiro, quando Alves foi preso acusado de estuprar a uma jovem na boate Sutton, então o risco de fuga permanece.
Daniel Alves prestou novo depoimento na semana passada e afirmou que a relação sexual com a sua acusadora foi consensual. De acordo com a imprensa espanhola, o brasileiro enfatizou que é “respeitoso” na relação com as mulheres e não toma a iniciativa se não perceber “tensão sexual” e uma clara predisposição. E que ao verificar uma “química”, teria proposto à jovem que os dois fossem para um local mais reservado.
A defesa do brasileiro, que havia solicitado o novo depoimento, também tinha preparado uma nova estratégia para tentar tirar o jogador da prisão. Segundo a imprensa espanhola, os advogados usariam como argumento a presença da família dele na Espanha. A presença da ex-mulher e dos dois filhos sustentaria que Daniel Alves não teria interesse em deixar o país.
Quinta versão de Daniel Alves
Na semana passada, em novo depoimento à Justiça da Espanha, o jogador afirmou que a relação sexual com a jovem que o acusa de estupro teria sido consensual. O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro por suspeita de ter estuprado uma jovem de 23 anos, na boate Sutton, em Barcelona. O crime teria ocorrido no dia 30 de dezembro do ano passado.
No depoimento desta segunda, de acordo com a imprensa espanhola, Daniel Alves enfatizou que é “respeitoso” na relação com as mulheres e não toma a iniciativa se não perceber “tensão sexual” e uma clara predisposição. O jogador também afirmou que tudo o que aconteceu dentro do banheiro da boate foi um “ato livre e voluntário”, que ele e a jovem fizeram amor e acusadora “nunca disse para parar”.
Questionado sobre o teor da denúncia da jovem, Daniel Alves diz que tem pensado a respeito desde o dia em que foi preso. Ele disse acreditar que a vítima se sentiu “ofendida ou irritada” pelo fato dele ter pedido para saírem separados e discretos, e também porque não foi atencioso ou carinhoso com ela.
As novas declarações de Daniel Alves contradizem a versão da vítima e as evidências coletadas pela polícia. A jovem foi atendida por uma ambulância chamada pela boate Sutton, e transferida para o Hospital Clínic, referência em atendimentos a vítimas de abusos sexuais. Lá, ela passou por um exame médico. O relatório diz que ela sofreu ferimentos leves compatíveis com a “luta” que teria travado com o jogador de futebol para não se sujeitar ao ato sexual.
A ficha médica indicou que dentre as lesões encontradas está uma pequena equimose no joelho. Trata-se de uma mancha roxa causada por um sangramento em que ocorre a infiltração do sangue na pele. Isso se dá devido à ruptura de alguns vasos sanguíneos.
O machucado corrobora com a narrativa descrita pela jovem. Em sua versão, ela destacou que Daniel Alves a “agarrou pela nuca, não sei se também pelos cabelos e me jogou no chão, machuquei o joelho”.
Fonte: globo.com
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