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CPI da Equatorial ouve sindicalista

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para investigar a má prestação de serviço por parte da Equatorial Piauí, ouviu nesta quarta-feira (12) o primeiro depoente. O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Marques, que representa os trabalhadores da empresa, afirmou que a demissão de mais de 80% do antigo quadro da Eletrobrás é uma das grandes responsáveis pela má qualidade da energia fornecida aos piauienses.

 

O depoente falou que a política de recursos humanos da Equatorial Piauí, logo após a privatização, foi de demitir diversos trabalhadores com larga experiência nos quadros da Eletrobrás Piauí. Esses profissionais foram substituídos, em sua maioria, por funcionários terceirizados com pouco histórico de desempenho nas funções necessárias, recebendo remunerações menores e com alta taxa de rotatividade.

Algumas dessas condições, segundo Francisco Marques, fazem com que os antigos funcionários da Cepisa e da Eletrobrás Piauí não tenham interesse em trabalhar como terceirizados da Equatorial Piauí. Diante das oportunidades de emprego nas usinas eólicas e solares, a distribuidora de energia não consegue atrair os profissionais mais experientes.

O líder sindical acredita que a Equatorial Piauí tem ciência dessa deficiência de pessoal. Um sinal disso é que tem feito uma recontratação de alguns funcionários que foram demitidos logo após a privatização.

“Eles fizeram uma jogada de tirar as pessoas que estão custando caro para a empresa, dá um tempo com a terceirização e depois a gente reprimariza com um salário menor. Tanto é que anunciaram agora o acordo com o Maranhão e o Pará reduzindo o piso alegando que ele reduz a possibilidade de reprimarização”, explicou Francisco Marques.

Perguntado pelo deputado Gessivaldo Isaías (Republicanos) sobre as regiões do estado com pior atendimento, o presidente do Sindicato dos Urbanitários citou o Sul do Piauí. Na cidade de Corrente, ele afirmou que houve uma redução de oito equipes para apenas uma, que atende municípios em um raio de 250 km. Além disso, a gestão da distribuidora ficou centralizada apenas em Teresina e Floriano.

Fonte: Alepi
Foto: Reprodução

 

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