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terça-feira, novembro 26, 2024
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Após brigas e interrupções, sessão com Dino termina ao coro de ‘fujão’

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), deixou a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados após cerca de uma hora e meia —uma nova convocação será feita em outra data. Dino saiu da sessão ao coro de “fujão” gritado por parte da oposição.

 

O que aconteceu:

A sessão foi repleta de discussões, tapas na mesa e deputados apontado o dedo na cara dos outros. Há duas semanas, Dino enfrentou o mesmo clima de tensão na ida à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

O deputado Sanderson (PL-RS), que preside a comissão, alertou que Dino iria embora caso as interrupções continuassem.

Sanderson havia iniciado os trabalhos com um pedido de seriedade e para “deixar os momentos de lacração e de ironias”.

No entanto, os embates e interrupções entre governo e oposição foram frequentes. Muitas vezes não se ouvia quem estava falando ao microfone, e o ministro parava de falar.

“Não está aqui como senador”

O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) afirmou que Dino não estava ali como senador, mas como ministro.

“Se estivesse como senador, não tinha processado cinco parlamentares dessa Casa e dois senadores, é só isso que eu queria falar.”

Quando Dino tentou responder, o deputado o cortou: “Eu não fiz questionamento, não”.

“Que possamos falar sem que ele levante e vá embora”

Em outra confusão, o deputado Éder Mauro (PL-PA) afirmou que “a questão do respeito na CCJ não aconteceu e beneficiou a esquerda”. Ele lembrou da ofensa ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que foi chamado de “chupetinha”.

“Que nós, deputados, possamos falar sem ameaçar que ele [Dino] levante e vá embora”, disse Éder Mauro.

Momentos antes, Sanderson alertou: “Se os senhores não mantiverem a ordem mínima, o ministro disse que vai levantar e vai sair”.

Ao longo da sessão, Sanderson falou que parlamentares que não são membros da comissão estavam atrapalhando: “Estamos aqui para trabalhar”.

Mais brigas

Houve parlamentar chamando colega de covarde, tapa na mesa, suposta ameaça, gente mandando chamar a monitora da creche e deputado imitando cachorro.

Antes, Orlando Silva (PCdoB-SP) acusou Carla Zambelli (PL-SP) de ofender um terceiro parlamentar.

O deputado Duarte Junior (PSB-MA) afirmou que vai fazer uma contra Zambelli no Conselho de Ética por suposto xingamento: “Vai tomar no…”, teria dito a parlamentar.

Oposição em peso

Parlamentares que não são membros da comissão apareceram hoje em peso na Câmara. Dentre eles, estavam Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, Carlos Jordy, Bia Kicis, Zé Trovão e Júlia Zanatta.

Assessores tiveram de ceder lugar porque não havia espaço para todos os deputados.

 

 

 

 

 

 

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