Ocorreu no último dia 11 de março, sábado próximo passado a posse da nova diretoria da APLA – Academia Pedrossegundense de Letras e Artes. O evento teve lugar na Câmara de Vereadores.
Criada em 2004 pelos literatos Desembargador Tomaz Campelo e Herculano Morais (ambos falecidos). Aliás, essa dupla semeou academias Piauí afora e isso por si só mereceria um estudo mais aprofundado. A posse contou com a presença da prefeita municipal, Betinha Brandão, do deputado Wilson Brandão, do vice-reitor da UFPI Viriato Campelo e do teatrólogo Aci Campelo (todos membros da APLA), além dos demais aplaianos e aplaianas que residem em Pedro II, assim como do colega Antonio Pedro Almeida, da ALVAL – Academia do Vale do Longá.
A atual diretoria é composta pelos acadêmicos e acadêmicas: Antonio Pedro (Presidente), Ernâni Getirana (vice-presidente), Socorro Almeida (Secretária), Isabel Cruz (tesoureira), Marlene Rodrigues (comunicação), Campelo Neto e Raimundo Silva (conselho fiscal). .
Dessa forma, a APLA chega à sua fase adulta, após passar pelas presidências do próprio desembargador, de Ernâni Getirana e de Marlene Rodrigues.
Com Pedro Barros poderá continuar dando passos certeiros no sentido de se integrar cada vez mais à sociedade não apenas pedrossegundense, mas piauiense como um todo.
O papel de uma academia de Letras e Artes é exatamente o de mergulhar fundo na própria cultura do povo e reinventar a realidade simbólica e, fortalecer essa busca, para também ser capaz de nos ajudar a perceber o quão potentes somos enquanto povo. Assim, uma academia atuante pode sinalizar para o que em nós é essencial: nossas identidades culturais.
A realização ao longo de anos de eventos culturais como saraus, documentários, palestras, salões de livros, lives. A APLA (ou a qualquer outra academia atuante) pode e deve conquistar um lugar de destaque na vida cultural local do município onde atua. Dessa forma as pessoas passam a vê-la como protagonista dos processos culturais, indispensável mesmo, quando o assunto é arte e cultura. E, atenção, nenhuma sociedade ou coletividade vive sem arte e sem cultura.
Para não ficar apenas dourando a pílula dessa academia, diremos que há desafios a serem enfrentados. Eles sempre estão por aí mesmo. Mas os desafios são fios que conduzem a bons resultados se assim ao grupo lhe parecer.
Academias de Letras há pelo Piauí quase todo, grupos de cultura como o Coletivo P2, projetos como o Arte na Rua, O Poeta e Sua Hora, Projeto Seis e Meia, Águas de Março e tantos e tantos outros estão crepitando. Produções de EPs como os de Raimundo Silva e Jardel Lopes estão chegando. Revelações como Karol Santos, Márcia Regina, e por aí vai, brilham nos palcos. É nome demais e papel de menos, ou, no caso, tela de menos. Vamos pondo um ponto quase final aqui. Só mais um arremate.
Em outras palavras: a cultura piauiense está fervilhante, se reinventando. Precisa de apoio governamental? Claro, precisa e é preciso dizer isso com todas as letras. Nós dizemos em alto e bom som. Mas é sempre bom ir fazendo e cobrando enquanto se faz cultura. Que as academias para malhar o cérebro proliferem tanto quanto as de malhar o corpo, amém!
Quem é quem na foto:
1-Aci Campelo
2-Chaguinha Gomes
3-Luiz Brandão,
4-Ernâni Getirana
5-Afonso Celso
6-Pedro Barros
7-Wilson Brandão
8-Raimundo Silva
9-Luís Campelo
10-Viriato Campelo
11-Aldenira Martins
12-Zeneide Campelo
13-Socorro Almeida
14-Isabel Cruz
15-Marlene Rodrigues
16-Nena Barros
17-Lourdes Viana
ERNÂNI GETIRANA (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. É autor, dentre outros livros, de “Debaixo da Figueira do Meu Avô” e “Lendas da Cidade de Pedro II” à venda na Livraria Entrelivros, Teresina. Escreve para esta coluna sempre às quintas-feiras.