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EM PRONUNCIAMENTO NA CÂMARA, FLÁVIO NOGUEIRA CRITICA VELHOFOBIA E COBRA POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS IDOSOS

O deputado Flávio Nogueira usou a Tribuna da Câmara (PT/PI), nesta terça, para discorrer sobre o envelhecimento da população brasileira e lamentar o aumento da velhofobia, termo que faz referência ao preconceito e à intolerância contra pessoas idosas. A velhofobia é uma das formas de etarismo, a discriminação baseada na idade.

 

Durante seu pronunciamento na Câmara, Flávio Nogueira recordou o caso ocorrido na semana passada, quando uma mulher foi ridicularizada por “ousar” cursar uma faculdade aos 40 anos de idade. “Os jovens que atacaram essa mulher, certamente, não se reconhecem nos idosos de amanhã”, observou o deputado.

O parlamentar piauiense enfatizou que a discriminação contra pessoas idosas manifesta-se de várias maneiras. “Esse preconceito aparece em piadas que ridicularizam as limitações físicas e cognitivas associadas à velhice; em estereótipos que retratam os velhos como senis; e em políticas públicas que excluem ou marginalizam os idosos”, pontua Nogueira.

Para o deputado, o mais preocupante é que o crescimento da velhofobia acontece num momento em que acompanhamos o envelhecimento da população brasileira. Ele destacou que, conforme o IBGE, o percentual de idosos no Brasil era de 11,3% há dez anos e, agora, já chega a 14,7%, o que corresponde a quase 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país.

“As projeções estimam que, em 2030, teremos – pela primeira vez – mais idosos do que crianças no país. E, à medida que a população envelhece, mais pessoas podem ser vítimas da velhofobia”, avalia Nogueira. O deputado ressalta que é imperativo combater esse preconceito e promover a valorização das pessoas mais velhas.

Neste sentido, ele defende campanhas de conscientização, mais educação para entender os efeitos negativos da velhofobia e punição, nos termos da lei, das pessoas que discriminam os idosos. Além disso, precisamos de políticas públicas para proteger a população idosa de hoje e do futuro, com medidas que contemplem a previdência, a saúde geriátrica e o bem-estar das pessoas mais velhas”, sentencia o deputado.

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