O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse na quinta-feira (9) haver indícios de “irregularidade” em 2,5 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil.
“Temos, infelizmente, pessoas com renda elevada, com 9 salários mínimos, recebendo Bolsa Família. E pessoas sem renda, com fome, que não conseguem acessar [o auxílio]“, disse Dias.
A declaração do ministro foi dada depois de uma visita ao projeto Cozinha Solidária, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), na favela do Sol Nascente, em Brasília.
De acordo com o ministro, a revisão dos dados do auxílio está em andamento. Até dezembro de 2022, 21,5 milhões de famílias estavam acessando o programa. Além desses, cerca de 10 milhões de beneficiários estão na linha de avaliação do cadastro, segundo Dias.
Dias disse que criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter feito uma “bagunça” no Cadastro Único visando votos em 2022.
O ministro já havia dito que o benefício poderia ter cerca de 2,5 milhões de cadastros fraudados, e classificou os casos como prioridade do governo.
“Começaremos com 2,5 milhões de famílias com maiores indícios de problemas, depois vamos para até 10 milhões para completar informações que faltam nos cadastros. Estamos cruzando os dados para começar o recadastramento em fevereiro”, disse Dias em 16 de janeiro, durante a cerimônia de posse da nova presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
A apuração sobre os 2,5 milhões de cadastrados vem depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmar que o ex-presidente Bolsonaro pediu a exclusão do grupo de famílias do Auxílio Brasil à equipe de transição de governo, pois teriam sido incluídos de maneira irregular.
Fonte: Poder360
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