A PF (Polícia Federal) cumpriu a ordem de prisão contra o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres na manhã deste sábado (14). O mandado foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na terça-feira (10.jan) e ratificado pelo colegiado no dia seguinte.
Torres chegou ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de Brasília, por volta das 7h20 deste sábado (14). O ex-ministro foi então levado para a PF e a prisão foi realizada. Depois, o comboio da Polícia Federal seguiu no caminho para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Torres estava de férias em Miami, nos EUA, e prometeu retornar ao Brasil. Sua chegada ao país era esperada para 4ª feira (11.jan). Porém, segundo o ex-ministro do governo Bolsonaro, falhas nos aeroportos dos EUA causaram o atraso.
Na 6ª feira (13.jan), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, chegou a dizer que daria início a um processo de extradição de Torres caso ele não retornasse ao Brasil até a próxima segunda-feira (16).
O ex-secretário do DF é acusado de omissão em relação aos atos extremistas e às invasões às sedes dos Três Poderes da República em Brasília.
Durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão, a PF encontrou na casa do ex-ministro uma minuta para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decretar Estado de Defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília. O objetivo do documento seria mudar o resultado da eleição presidencial.
Invasão aos Três Poderes
Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Fonte: Poder360
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