Parece que foi outro dia que eu, entusiasmado, tomei posse como deputado estadual, mas contando os anos que se passaram já se foram quarenta, dos quais passei 12 na Assembleia Legislativa, 27 no Tribunal de Contas e já há mais de um ano aposentado do serviço público, mas sempre sonhando e procurando o que fazer, nem que seja caçar conversa com quem consegue me dar ouvidos. Neste período conheci muita gente e, no meio delas, pessoas muito especiais que me marcaram sob os mais variados aspectos.
Convivi com mestres de conduta reta e leal, como Walmor Carvalho, minha maior referência política; homens francos e espontâneos, como Sebastiao Leal; sagazes e habilidosos, como Waldemar Macedo; humanos e afetuosos, como Juraci Leite; educados e poéticos, como Zé Lobão; destemidos e despachados, como Xavier Neto; divertidos e de tiradas bem humoradas, como Adolfo Nunes; irreverentes e de rara inteligência e afiada ironia, como Homero Castelo Branco, e com muitos outros que sempre tinham o seu proceder peculiar, porém de convivência saudável.
O tempo foi passando e a vida mostrando o seu caráter finito e sem cronologia lógica foi terminando para alguns e insistindo com outros, dentre os quais ainda estou contemplado.
Hoje nos despedimos do ex-colega Antônio Rufino, valoroso médico e atuante deputado que nos deixou exemplo e saudade na sua passagem pela Assembleia.
Vá em paz, amigo, e que Deus o acolha no seu Reino de Paz!
Luciano Nunes, ex-deputado e conselheiro aposentado do TCE-PI
