Ex-presidente dos Estados Unidos, o bilionário Donald Trump afirmou na terça-feira (15) que vai concorrer às primárias do partido Republicano para a presidência dos Estados Unidos.
“O retorno da América começa agora. Estamos aqui para declarar que não precisa ser assim. Dois anos atrás, éramos uma ótima nação. Em breve, seremos uma ótima nação novamente”, disse, durante evento no seu resort em Mar-a-Lago.
Em seu discurso, Trump afirmou que deixou o governo em um momento no qual o “mundo estava em paz e América prosperando” e disse que os dois anos sob governo de Joe Biden foram um “tempo de dor, ansiedade e desespero”. Quando o republicano deixou a presidência, os Estados Unidos já eram a nação com maior número oficial de mortos pela covid-19.
O ex-presidente disse, ainda, que a invasão da Rússia à Ucrânia jamais teria acontecido se ele ainda fosse presidente e lembrou do míssil, possivelmente russo, que atingiu a Polônia, matando duas pessoas na tarde de hoje.
“Todos nós amamos nosso país. É por isso que eu estou aqui. Eu não precisava disso, eu vivia uma vida fácil e ótima. Muitos de nós não precisávamos disso, mas queremos salvar o nosso país”, disse.
O anúncio de Trump foi feito pouco após a eleição legislativa de meio de mandato no país, na qual uma série de candidatos republicanos sofreram uma rejeição inesperada em estados como o Arizona e Nevada.
O desejo de concorrer novamente à eleição manifestado por Trump pode evidenciar uma tensão dentro do partido republicano.
Segundo a imprensa americana, alguns membros da legenda conservadora temem que a presença dele na corrida presidencial prejudique o projeto para as eleições em 2024, já que Trump rejeitou o resultado legítimo das urnas quando foi derrotado por Joe Biden, do Partido Democrata.
O ex-vice de Trump, Mike Pence, é um dos que endossaram as críticas ao republicano.
Questionado pela ABC News sobre se ele acreditava que o bilionário seria presidente de novo, Pence, potencial candidato às primárias em 2024, afirmou que “acha que teremos opções melhores no futuro”.
Fonte: Folhapress