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sexta-feira, novembro 22, 2024
Dengue

GAL TOTAL

Maria das Graças Costa Penna Burgos, mas conhecida simplesmente por Gal
Costa, baiana nascida em 1945 e ativa até o dia de hoje, deixa o palco, seu
espaço por excelência. Sua morte nesse 09 de novembro de 2022 espalhou
um manto de tristeza sobre os mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados
de terra e água desse País chamado Brasil.

 

A discografia galcosteana conta com mais de 40 LPs, tais como “Gal Fatal”
(1971), “Profana” (1984), “Gal Tropical” (1979), “A Pele do Futuro” (2018),
“Nenhuma Dor” (2021).

Bonita e talentosa Gal Costa soube como ninguém gerir sua carreira. Cantou
de tudo, visitou todos os estilos com a mesma versatilidade e elegância de
sempre. Gal foi eminentemente uma intérprete que ao se apropriar das
canções de muitos compositores que a procuravam, camaleonicamente vestia-
se delas todas, transformando-as imediatamente em sucesso nas rádios e TVs.

A perda de uma artista dessa grandeza torna os lugares mais sombrios,
silenciosos e sem graça. Todos nos tornamos mais pobres em nossas
subjetividades, sem capacidade de interagir, ainda que momentaneamente,
com o veludo de sua voz. Resta esse pesar que nos puxa o coração para
baixo.

Mas tão logo formos capazes de vivenciar nosso luto e as forças da beleza da
arte de Gal Costa voltar a nos tocar com toda a sua intensidade, quando ‘o ar
que nos rodeia’ nos trouxer ‘um dia de domingo’ de pura música e saudade,
então Gal voltará outra vez ao centro do palco de nossa existência e dessa vez
em definitivo.

PS. Há pouco soube também da partida de Rolando Boldrin, o Senhor Brasil.
Duros tempos para a cultura.

Ernâni Getirana é professor, poeta e escritor. É autor, dentre outros de livros,
de “Lendas da Cidade de Pedro II” e “Debaixo da Figueira do Meu Avô”.
Publica nesta coluna sempre às quintas-feiras.

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