Empossada que foi no cargo de governadora do Estado do Piauí no dia 31 de março de 2022 para um mandato de nove meses, que se encerra a 31 de dezembro próximo, Regina Sousa marca sua passagem pelo Executivo de forma equilibrada, responsável e discreta.
Na avaliação do seu secretário de Governo, Antônio Neto, a governadora Regina Sousa fez perfeitamente a “gestão de transição”, como ela própria definiu ao assumir o cargo. De acordo com o secretário, foram enfrentados de maneira satisfatória pelo menos três grandes desafios: a greve dos professores, negociada e superada; a queda na arrecadação do ICMS, provocada pela decisão federal de reduzir os preços dos combustíveis, que foi superada com medidas judiciais, permitindo um equilíbrio das contas públicas; e a travessia do período eleitoral, sem que houvesse qualquer envolvimento da máquina com o processo eleitoral.
Desde o princípio da gestão, a própria governadora anunciou que seu governo, embora curto, seria voltado especialmente para as minorias, os mais vulneráveis e aqueles que viviam esquecidos, onde se incluem os quilombolas e produtores rurais que não detinham o título de posse das terras onde produzem, registrando dezenas de títulos entregues.
Ainda segundo a análise do secretário de Governo, “a governadora foi cautelosa e criteriosa nas decisões envolvendo demandas públicas, e responsável no reconhecimento e cumprimento das limitações financeiras do estado, demonstrando bastante equilíbrio”. Acentua ainda o secretário, que isso fez com que a gestão transcorresse sem escândalos, denúncias e desvios.
Importante lembrar, sinaliza Antônio Neto, que no desafio de superar a greve dos professores, usou ela mesma sua condição de professora para tratar com especial interesse e justa atenção a questão que se arrastava havia meses.
Em termos de administração, são destaques no Governo Regina Sousa o apoio à Segurança Pública, com a convocação de policiais militares e penais, que estavam a tempos aguardando o chamado para o exercício de suas funções, uma vez aprovados em concursos públicos anteriores. Aliás, foi realizado, nesta gestão, concurso para 1.000 policiais militares, que até o final do ano serão chamados.
Para a transição deste para o próximo governo, em que pese a continuidade da percepção partidária e ideológica, Regina Sousa recomendou que esta transição ocorra de modo objetivo, rápido e sem qualquer burocracia.