Aliados do candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), têm se esforçado para arrancar um apoio mais contundente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Querem ajuda para disputar os prefeitos do Estado com o governador, Romeu Zema (Novo).
O motivo está em Minas Gerais, berço político de Pacheco. O Estado tem 16,3 milhões de eleitores, é a 2º unidade da Federação mais importante nas eleições nacionais.
Zema, reeleito no 1º turno, declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno. Deverá pressionar prefeitos do Estado a fazer campanha para o atual presidente. Seu discurso atiçou o antipetismo no Estado.
Pacheco disse publicamente na 3ª feira (11.out.2022) que não declarará voto. Discretamente, porém, está topando ser uma espécie de “selo de garantia” de Alexandre Silveira (PSD) –esse, sim, articulador de Lula junto a prefeitos mineiros.
Silveira é um dos políticos mais próximos de Pacheco. Foi candidato ao Senado com apoio de Lula, mas perdeu a vaga para Cleitinho (PSC). Tem participado de diversas atividades de campanha do petista.
Houve um movimento de Pacheco como “selo de garantia” na noite de 3ª feira. Silveira articulou uma reunião com prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os políticos jantaram na residência oficial da Presidência do Senado.
O Poder360 apurou que a conversa foi sobre demandas das prefeituras junto a senadores mineiros. Silveira, porém, disse que seria importante o engajamento dos prefeitos para ampliar a votação de Lula no 2º turno. Pacheco assistiu à fala.
Estavam presentes: Fuad Noman (Belo Horizonte, PSD), Marília Campos (Contagem, PT), João Marcelo (Nova Lima, Cidadania), Wander Borges (Sabará, PSB), William Parreira (Ibirité, Avante), Lucas Coelho (Caeté, Avante), Pastor Sérgio (Santa Luzia, PSD) e Ilce Rocha (Vespasiano, PSDB).
Na reunião, Pastor Sérgio disse que estava alinhado a Bolsonaro desde o 1º turno e não teria como ajudar Lula. A petista Marília Campos apoiou a fala de Silveira.
Em julho, Lula esteve em Brasília e almoçou com Pacheco. O petista tem apoio de parte do PSD, e a aliança envolve uma ajuda para o atual presidente do Senado se manter à frente da Casa. A eleição será em fevereiro do ano que vem. Na última semana, o PT deu nova sinalização de apoio a Pacheco.
Prefeitos & Zma
A AMM (Associação Mineira de de Municípios) marcou uma reunião para 6ª feira (12.out.2022) em Belo Horizonte. Zema estará presente. Petistas devem pedir ao Ministério Público para derrubar o encontro.
Argumentarão que os prefeitos usarão recursos dos municípios para um deslocamento político: há a possibilidade de Bolsonaro estar na capital mineira no mesmo dia.
Fonte: Poder360