Pesquisa Ipec (ex-Ibope) realizada de 9 a 11 de outubro mostra Raquel Lyra (PSDB) na liderança para assumir o governo de Pernambuco. Ela disputa o 2º turno contra Marília Arraes (SD).
A candidata tucana tem 54% dos votos válidos, enquanto Marília aparece com 46%. O resultado indica uma possível virada no Estado em 30 de outubro –as candidatas avançaram para a disputa direta depois de receberem 20,58% e 23,97% dos votos no 1º turno, respectivamente.
O resultado em votos válidos inclui só as intenções atribuídas a um candidato, excluindo-se os votos brancos e nulos. É assim que o TSE divulgará os resultados no domingo à noite, 30 de outubro.
Na contagem de votos totais, a ex-prefeita de Caruaru (PE) marca 50%, ante 42% da candidata do Solidariedade. Há também 4% de entrevistados com a intenção de votar em branco ou nulo, e 3% se dizem indecisos.
O levantamento entrevistou 2.000 eleitores em 75 municípios do Estado de Pernambuco. Tem margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos e um intervalo de confiança de 95%. Está registrado no TSE com o número PE-05779/2022 e foi pago pela TV Globo.
Neta de Miguel Arraes, duas vezes governador de Pernambuco, Marília recebeu a bênção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), natural de Garanhuns, no 2º turno. A aliança foi selada 6 meses depois de sua saída do PT, partido ao qual foi filiada de 2016 a 2022. Sem apoio formal dos petistas para concorrer, ingressou no Solidariedade, em março.
Embora o apoio fortaleça a candidatura em um Estado que deu 65,27% dos votos válidos a Lula no 1º turno, Marília já vinha explorando a imagem do petista em anúncios publicitários e ofuscou a plataforma política de Danilo Cabral (PSB), nome oficial do PT para o governo pernambucano. Ele terminou com 18,06% dos votos.
Já Raquel Lyra optou pela neutralidade na disputa presidencial. A campanha foi abalada pela perda repentina de seu marido, o empresário Fernando Lucena, 44 anos, que morreu depois de um mal súbito no dia da eleição, em 2 de outubro.
Na última simulação de 2º turno divulgada pelo Ipec somente com os votos totais, Marília tinha 50% e Raquel, 33%. Brancos e nulos eram 14%. Indecisos, 4%.
Se confirmada a tendência apontada pela pesquisa, essa será a 2ª virada para o governo de Pernambuco desde a redemocratização. Em 2006, o ex-governador Eduardo Campos (PSB) fechou o 1º turno da disputa contra Mendonça Filho, então no PFL, com 41,9% dos votos, contra 46,8% do adversário. Terminou eleito com vantagem superior a 30 pontos (65,4% a 34,6%).
Fonte: Poder360