A Justiça do Rio aceitou o pedido da defesa e determinou o relaxamento da prisão do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 7 de agosto e é apontado como suspeito da morte do marido, o belga Walter Henri Maximillen, no apartamento do casal em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Na decisão, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita destaca que há excesso de prazo para que o Ministério Público ofereça denúncia contra o cônsul. Segundo a magistrada, mesmo passados nove dias do esgotamento do prazo, a ação penal não foi proposta.
Em nota, o MP disse que ainda não foi intimado para oferecimento da denúncia e que, por isso, o prazo nem mesmo teve início.
A mesma desembargadora já tinha negado outro pedido de liberdade no dia 9 deste mês. Na semana passada, os advogados também solicitaram ao Supremo Tribunal Federal a anulação da prisão, mas o julgamento foi adiado.
A defesa mencionava uma “entrevista informal” que teria sido realizada pela delegada responsável pelo caso e ressaltam que o investigado não foi alertado sobre o direito constitucional ao silêncio e não teve acesso a assistência jurídica nem a intérprete.
Segundo a polícia, a versão contada pelo cônsul, de que ele teria caído após um mal súbito, é incompatível com o exame de necropsia e a perícia realizada no apartamento.
O laudo revela que o corpo da vítima apresentava mais de 30 lesões na cabeça, no tronco e nos membros, que sugerem espancamento. A causa da morte foi traumatismo craniano.
Fonte: terra.com.br