Audiência pública proposta pelo deputado Marden Menezes (PP), líder da oposição na Casa, realizada na Assembleia Legislativa do Piauí nesta quinta-feira (7), debateu sobre o rateio dos precatórios do Fundo de Valorização do Magistério e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundef), a distribuição das sobras dos recursos com os profissionais da educação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e o pagamento do piso salarial dos professores da rede estadual.
“Nós estamos aqui para discutir a educação do Estado independente de política partidária, de interesses políticos. Nós queremos avançar na discussão e tentar sensibilizar as autoridades para cumprirem com suas responsabilidades. Temos muitas denúncias de desvios dos precatórios do Fundef, por exemplo, sendo utilizado no Programa de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos (Proaja) que já tem uma linha própria de financiamento. Então são denúncias sérias, de uso do dinheiro público para cunho eleitoral que nós precisamos discutir e chegar a uma solução para que a educação do Piauí comece a se desenvolver”, disse o deputado Marden Menezes ao tempo que lamentou a falta de representantes do Governo e do Ministério Público.
Sobre o tema, foi aprovado um requerimento do deputado Marden Menezes solicitando ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) o envio de informações sobre a utilização dos recursos do precatório do Fundef pelo Governo do Piauí.
A deputada Teresa Britto (PV) manifestou apoio à educação piauiense.
“Nunca votei contra servidores e estou do lado da luta pela educação, justa. Educação é investimento e não gasto e o Governo precisa priorizar a valorização dos professores e da estrutura das escolas”, disse.
Sindicato cobra ações
Vários representantes da categoria estiveram presentes e manifestaram a sua insatisfação com a gestão do Governo do Estado nas últimas décadas. Paulina Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte ), cobrou do Governo do Estado o cumprimento do Plano Estadual de Educação e a Lei do Piso Salarial dos Professores.
“A nossa pauta de valorização dos trabalhadores em educação é de extrema importância. Em 2018 nós só conseguimos reajuste salarial através da Lei do Piso graças à Justiça. Mas de lá até hoje não tivemos mais valorização ou respeito. Nós tentamos de todas as formas conversar e marcar audiência que o Governador que saiu, e não conseguimos. E a greve foi a única saída para tentarmos uma negociação. Hoje estamos tentando sentar com a atual Governadora, mas não aceitamos mais migalhas”, disse Paulina Almeida.
Com informações da Alepi