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Pesquisa Fecomércio mostra que consumo das famílias aumenta em janeiro

O Índice sobre Intenção de Consumo das Famílias de Teresina – ICF, realizada em parceria entre a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento e a CNC ( Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo), registrou aumento de 7,26% em janeiro de 2022 com relação a dezembro de 2021. Este índice que varia de 0 a 200, sendo 100 zona de indiferença, neste mês atingiu 88,7 pontos enquanto que no mês passado o indicador foi de 82,7 pontos. Na comparação com janeiro de 2021 que alcançou o índice de 100,8 pontos houve retração de 12,01%. O ICF medido pela classe de consumidores que ganham acima de 10 salários mínimos apresentou o índice de 135,8 pontos.

Apesar das compras de final de ano, as famílias de Teresina organizaram seu orçamento doméstico visando as compras imprescindíveis neste começo de ano tipo recolhimentos dos impostos principalmente o IPVA, compras realizadas de material escolar e matrículas nas escolas particulares. O anunciado aumento de salário mínimo, mesmo que ainda não tenha sido recebido, deu uma força a mais nas intenções de compras.
Visando um diagnóstico mais completo sobre as potencialidades do Consumidor com relação as pretensões de ir as compras a pesquisa foi dividida em 7 componentes: Emprego Atual, Perspectiva Profissional, Renda Atual, Compra a Prazo, Nível de Consumo Atual, Perspectiva de Consumo e Momentos para Duráveis.

Sobre a situação do emprego atual
As pessoas que estão empregadas são as que potencialmente tem condições de consumir. Este componente atingiu 119,3 pontos. Com relação ao mesmo período do ano passado,30,5% dos entrevistados disseram que estão mais seguros nos seus empregos e 27,9% declararam que a situação de emprego está igual ao ano passado . Entretanto, 30,4% disseram que estão desempregados, fato que influenciou negativamente para o resultado. Neste mês de janeiro o índice Perspectiva
Profissional alcançou 112,2 pontos, resultado superior a dezembro que atingiu 102,0 pontos. A maior parte das famílias (53,5% ) considera positivo o cenário para os próximos seis meses.

Sobre a renda atual
A confiança atingiu 101,4 pontos, superior a da Pesquisa do mês anterior, com crescimento de 6,74% tendo alcançado 95,0 pontos. Além disso, 30,3% declararam que a renda melhorou.

Compras a prazo
Apesar de ter havido crescimento de 8,89% de dezembro de 2021 para cá, mesmo assim este indicador ainda não atingiu a classe de otimismo que é acima de 100 pontos. Ficou em 73,5 pontos. Neste contexto apenas 18,6% % dos entrevistados disseram que o crédito para comprar a prazo está mais fácil do que o ano passado e 45,1% declararam que o acesso ao crédito ficou mais difícil Já quando a avaliação é feita levando em conta a classe social do entrevistado, percebe-se que o maior percentual de otimismo em relação ao ano passado está na classe que fatura acima de 10 salários mínimos por mês. ( 146,3 pontos).

Componente do consumo atual
Apresentou um aumento de 7,93% na comparação com o mês passado. Um percentual relativamente baixo das famílias ( 22,9%) declarou estar com o nível de consumo superior ao do ano passado, enquanto que 41,1% avaliou que estão comprando menos do que o ano anterior O índice para quem tem renda superior a 10 salários mínimos ficou em 132,8 pontos.

Perspectivas de consumo
O índice situou-se em 98,4 pontos, indicando um baixo grau de satisfação, pois ficou abaixo de 100 pontos. Entretanto, com relação ao mês anterior o índice atingiu um crescimento de 6,15%, mesmo assim, menos de 1/3 (29,7% ) das famílias considera o cenário positivo para os seis meses seguintes.

Bens Duráveis.
Até fevereiro de 2015 os índice de Aquisição de Bens Duráveis eram de otimismo, porém desta data em diante até os dias de hoje os índices passaram para a faixa de pessimismo em nossas pesquisas mensais. A razão é muito simples, o Ministro da área econômica da época criou o que foi denominado Matriz Macroeconômica , na qual o crédito para o consumo ficou exagerado e todas as famílias se abasteceram de bens duráveis tipo geladeira, freezer, Televisão; automóveis dividindo prestações de até 96 meses com juros muito baixos. Na capital Teresina, em quase toda esquina do centro comercial havia uma casa de empréstimo que fazia papel de Banco. As geladeiras e Televisões adquiridas há 6 anos ainda funcionam bem e neste caso as lojas passaram a vender, neste espaço de tempo, estes produtos em menor quantidade. Junto com a redução dos preços da eletricidade veio a onda dos produtos de linha branca.

O índice de fevereiro de 2015 ficou em 110,1 pontos e o de janeiro de 2022 somente 34,7 e é por essa razão que muitas lojas ou fecharam suas portas em definitivo ou mudaram de ramo.

Fonte: Ascom

 

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