Logo após o resultado do julgamento que rejeitou o recurso de Novak Djokovic, o tenista enviou um comunicado à imprensa. Em curtas palavras, o sérvio se dizendo cansado de tudo, o sérvio mostrou sua chateação com a decisão da justiça.
O atleta foi deportado da Austrália e não poderá defender seu título em Melbourne. Ele tentou entrar no país sem se vacinar contra a covid-19 e com uma isenção médica.
“Gostaria de fazer uma breve declaração para abordar os resultados da audiência de hoje no Tribunal. Agora, vou tirar algum tempo para descansar e me recuperar, antes de fazer mais comentários além disso. Estou extremamente decepcionado com a decisão da Corte em negar meu recurso de revisão da decisão do Ministro em cancelar o meu visto, o que significa que eu preciso deixar a Austrália e não poderei participar do Australian Open”, disse Djokovic.
“Respeito a decisão do Tribunal e vou cooperar com as autoridades para deixar o país. Me incomoda que o foco nas últimas semanas tenha sido em mim e espero que agora o foco seja no jogo e no torneio que mais amo. Desejo aos jogadores, ao torneio, ao staff, aos oficiais e aos fãs o melhor torneio”, acrescentou.
“Finalmente quero agradecer minha família, amigos, equipe, fãs e colegas sérvios pelo suporte contínuo. Vocês foram uma boa fonte de força para mim”, afirmou o número 1 do mundo.
Na última sexta-feira (14), o ministro da Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais da Austrália, Alex Hawke, usou o seu poder pessoal para cancelar o visto do tenista. A defesa de Djokovic, então, entrou com um recurso para que ele pudesse permanecer no país e disputar o torneio, mas perdeu na justiça.
Djokovic entrou na Austrália no dia 5 de janeiro, sem se vacinar, apresentou uma isenção médica e alegou que testou positivo para covid-19 em 16 de dezembro. Ao desembarcar no aeroporto, ele foi parado pela polícia alfandegária por não apresentar todos os documentos necessários para justificar a entrada no território australiano.
Desta forma, o tenista passou a noite separado de sua equipe em uma sala do aeroporto de Melbourne e depois foi encaminhado para um hotel, onde ficou confinado. Djokovic teve o visto inicialmente cancelado por representar risco para a saúde pública, mas entrou na justiça e ganhou o direito de entrar no país. Já na última sexta-feira, viu Hawke cancelar novamente o visto do tenista. Neste sábado, horas antes da audiência derradeira, ele foi novamente detido e levado para o hotel.
Fora do Australian Open, Djokovic será substituído pelo italiano Salvatore Caruso (150 do mundo), que foi derrotado no qualificatório do torneio, mas que ganhou vaga na chave principal por conta da ausência do líder do ranking mundial.
Fonte: Folhapress