Ativistas do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) invadiram no início desta quinta-feira (23) B3, sede da Bolsa de Valores brasileira, no centro São Paulo, em protesto contra a fome, a inflação e o desemprego.
Como as negociações na Bolsa são feitas eletronicamente, os protestos não afetaram os negócios. Por volta das 15h15, o Ibovespa operava em alta, de 1,58%.
Segundo o movimento, o local foi escolhido por simbolizar a “especulação” e a “desigualdade social”.
“Ocupamos a Bolsa de Valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do mercado!”, publicou o perfil da organização no Twitter.
“Os lucros recordes dos bancos, o aumento de grandes fortunas e o surgimento de 42 novos bilionários no mesmo país onde a insegurança alimentar atinge mais de 116 milhões de pessoas e a fome já é uma realidade para mais de 19 milhões precisa acabar”, continuaram.
Em uma série de tweets, o MTST disse que a Bolsa mostra a existências de dois Brasis, “um Brasil em que a bolsa está cheia de valores e um Brasil em que a bolsa da maioria da população está vazia”.
Em nota, o movimento disse que essa manifestação dá início a uma campanha que irá realizar ações nos próximos meses em todo o país.
O coordenador do MTST e pré-candidato ao governo paulista, Guilherme Boulos (PSOL), publicou nas redes sociais sobre o protesto. “A voz do povo pela primeira vez na Bovespa!”, escreveu.
Fonte: Folhapress