Frederick Wassef, advogado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foi perseguido por um homem armado com faca, na tarde de hoje, depois de ter supostamente assediado a mulher do suspeito. A informação foi revelada pelo site “Metrópoles”, e confirmada pela reportagem do UOL.
Testemunhas relataram à publicação que o suposto assédio à vítima, por parte de Wassef, aconteceu no restaurante Chicago, localizado na QI 11, do Lago Sul, área nobre de Brasília, nesta tarde. Por conta disso, o marido da mulher, armado com uma faca, reagiu e perseguiu o advogado.
A Polícia Militar atendeu a ocorrência no momento, e os envolvidos foram levados a prestar depoimento na 10ª DP, localizada na no Lago Sul de Brasília.
O advogado e amigo da família Bolsonaro disse que está sendo vítima de uma “mentira”, de uma “campanha de fake news”.
“É uma fraude, uma mentira. [Trata-se de] uma senhora de mais 60 anos de idade, aparentando ter 65. Não me aproximei em nenhum momento, nunca a vi, não falei u
m ‘a’. Nada. Na verdade, é uma mentira que ela gerou, e estou sendo vítima novamente, uma vez mais, de campanha de fake news para [inaudível] as agressões que eu sofri por parte dela. Ela ameaçou o presidente da República e a minha pessoa. Inventou essa história como ardil para tentar se proteger”, disse ele.
Lista extensa de confusões
Além de advogado de Jair Bolsonaro, Wassef foi também responsável pela defesa de Flávio Bolsonaro (Patriota), filho do presidente, nas investigações sobre supostos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do senador, quando ele ainda era deputado estadual no Rio. Wassef deixou o caso após a prisão do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, localizado em seu escritório em Atibaia (SP). Wassef voltou a representar o filho do presidente no início do ano.
Em fevereiro, a Polícia Civil do Distrito Federal já havia indiciado o advogado pelo crime de injúria racial contra a garçonete de uma unidade do Pizza Hut, em Brasília. O caso aconteceu em novembro do ano passado. Na ocasião, Wassef negou ter chamado a funcionária de “macaca”.
Nesta semana, o nome de Wassef voltou às principais manchetes: a CPI da Covid aprovou a quebra de seu sigilo fiscal, além de pedir o envio de registros de acesso e entrada nos prédios da Câmara dos Deputados e do Senado.