O presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias, foi comunicado, na quarta-feira (21), em reunião virtual, que o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), responsável pelo fornecimento da vacina Sputnik V, solicitou prazo de 48 horas para avaliar o posicionamento do governo brasileiro, em relação ao uso do imunizante no Brasil. A previsão, articulada por meio do Consórcio Nordeste, era ter o lote com 1,6 milhão de doses da vacina russa em solo brasileiro dia 28 de julho. O cronograma de entrega pode ser comprometido.
“O esforço dos governadores do Brasil para que a gente tenha esta vacina tem sido uma corrida de obstáculos. Vencemos um e aparece outro. Ora é a Anvisa, ora uma posição do Ministério da Saúde, como aconteceu agora. Por isso oficializamos pedindo um posicionamento”, declarou Dias.
O Consórcio Nordeste enviou ofício ao Ministério da Saúde (MS), questionando a declaração do ministro Marcelo Queiroga, de que a Sputnik não seria mais necessária ao povo brasileiro, possuindo o país quantitativo suficiente de vacinas adquiridas.
“O Consórcio Nordeste mantém a posição de inclusão deste imunizante no Plano Nacional de Imunização, por entender ser este extremamente necessário para a ampliação da vacinação em nosso país. Os governadores se colocam abertos ao diálogo, mas solicitamos um posicionamento formal e expresso deste ministro da Saúde quanto à decisão de retirada da vacina Sputnik V do PNI” diz o documento.
A aquisição da vacina russa contra a Covid-19 foi negociada pelo Consórcio Nordeste com o objetivo de ampliar a imunização da população brasileira. O quantitativo seria somado ao adquirido diretamente pelo MS, e distribuído aos estados brasileiros segundo os critérios estabelecidos no Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Nós pedimos ao Fundo Russo que ficasse mantido o cronograma de entrega. Que a gente possa, rapidamente, estar trabalhando por mais vacinas e, ao mesmo tempo, salvar mais vidas no Brasil”, finalizou Dias.
Com informações da CCOM